terça-feira, 31 de dezembro de 2013

O cavalo, nosso companheiro em 2014

Ontem andei a cavalo pela dunas de Paracuru, no Ceará. Fazia mais de uma década que não montava num cavalo. Decidimos fazer o passeio para assistir, tal qual um filme, ao pôr do sol. Além das cenas deslumbrantes que minha memória hoje carregam - os diversos tons de laranja no céu, as dunas ora brancas amareladas, ora avermelhadas, a surpreendente cena de um grupo de meninos jogando bola num pequeno campo de areia batida no meio das dunas - o passeio de quase três horas me deixou um corpo doído muito gerado pela tensão do medo de cair, e a clara compreensão de que meu lado intrépido está se esvaecendo. 


"Perdi a coragem" disse para meu marido, "antes estaria galopando por estas dunas mesmo sem tanta prática". "Não é coragem", ele me alertou, "é a velhice chegando". Fora a graça dessa obviedade, a frase dele concluiu o que Ouro, meu companheiro de quatro patas neste passeio me ensinou, não importa se é no galope, no trote ou simplesmente no passo; 2014 é o ano para seguir em frente reconstruindo nossa vida de peito aberto, cabeça erguida, com doçura. Sim, com doçura porque a coragem não exige dureza. A coragem exige firmeza. Mas como todos já sabem, a firmeza rígida facilita a ruptura, a firmeza flexível, facilita a adaptabilidade.

2014 é o ano do Cavalo no horóscopo chinês e, após um ano regido pela serpente, será um ano de reconstrução. De avançar. De criar e realizar aquilo que já está dentro de nós. Sem lamúrias, sem queixas, deixando o passado para atrás, reverenciando-o como um grande mestre que nos trouxe até aqui. 

É o ano da justiça. Da justiça do coração. Daquilo que é certo no nosso Sentir. Por isso, é o ano para se conectar, mais do que nunca, com o Sentir. Para deixar de lado nossas ilusões sobre nós mesmos e nosso destino. Para pôr em ação o melhor de nós. Aquilo que realmente somos. Para tomar decisões seguindo o que nossa alma pede. Não a ilusão da mente que nos pede aquilo que não podemos, só para criar um ambiente de insatisfação.

É o ano de nosso reencontro com nós mesmos. Depois de tudo descamado, exposto pela serpente, o que sobra somos nós. Vamos nos aceitar? O você quer continuar na ilusão que te trouxe a dor?

É o ano que o dinheiro não irá reger nossa decisões, mas o desejo de andar, de conhecer, de encontrar, de descobrir. Eu diria, de nos redescobrir. Volta para aquelas coisas simples que te deixam feliz. Traz para tua memória a simplicidade que a felicidade tem no seu âmago.

Se reconhecer, se aceitar e recomeçar tua jornada com doçura e coragem é o que mais desejamos para você neste novo ano. 

Agradecemos a todos que tem nos acompanhado neste exercício que tem sido nosso blog. Agradecemos as trocas, as mensagens, os comentários. Sem dúvida cada um de vocês têm nos ajudado a nos manter conectados com nossa essência, nosso Sentir.

Em tempo: a serpente abre passagem para o cavalo somente em 31 de janeiro, segundo o calendário chinês. Por isso, temos um mês para descamar aquilo que não serve mais. 

Corajoso 2014 para todos nós!

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Feliz, aqui e agora.

Estive no CCBB do RJ e pude ver a exposição da artista japonesa Yayoi Kusama, nascida em 1929 é considerada pela crítica, a maior artista plástica japonesa em atividade. Sua arte gera sensações as vezes estranhas na gente, e nos faz refletir que as vezes viver na borda entre a normalidade e anormalidade facilita a quebra de padrões e inovação. Isso não é um incentivo mas sim uma reflexão. Ela hoje vive, por opção, num hospital psiquiátrico no Japão. E continua produzindo.



Eu na Sala de Espelhos Infinitos da exposição

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

"Cada um de nós carrega o dom e ser capaz e ser feliz"

Pronto. Todas as mudanças que tinham que ser feitas, neste momento na minha vida foram concluídas. Não há mais ao que renunciar, se arrepender o ter medo. Agora é hora de aproveitar, descansar e esperar pelo novo mundo que se abre para mim. Estou empolgada, animada, feliz com a possibilidade de deixar o novo entrar. Tenho certeza que tudo será muito recompensador.
Hoje só tenho isso a dizer e gostaria de deixar um música do Almir Sater, na bela voz de Maria Bethânia e que traduz muito a maturidade de quem entende como as mudanças são fundamentais em nossas vidas.
Fiquem em paz e sejamos completamente abertos ao novo no ano que virá!




quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Planejamento com brechas para o novo. Isso dá certo!

Esta é a época do ano que mais se fala em planejamento. As empresas enlouquecem organizando suas verbas para o próximo ano, as pessoas fazem planos e promessas de coisas que desejam. 

Este é um ano em que esta história de planejamento ficou mais perto de mim do nunca. No processo de coaching que estou fazendo este é o exato momento em que tenho, numa linha do tempo, que planejar minha carreira para os próximos 6 meses, 2 anos, 5 anos, 15 e 20 anos.  E com riqueza de detalhes! Para me ajudar a fazer este trabalho, tem um roteiro com milhares de perguntas racionais e emocionais: desde de como eu pretendo guardar dinheiro para quando me aposentar até quais sãos meus sonhos e como pretendo realiza-los. Empaquei nesta linha do tempo. Nunca fui de me planejar neste grau de detalhes. Me considero uma pessoa intuitiva e que costuma mais ouvir o coração. Todas as oportunidades que tive, até hoje, vieram sem que eu fizesse um projeto detalhado para isso. Não estou dizendo que foram sem esforços ou sem que eu trabalhasse para que elas acontecessem, mas realmente não sei colocar no papel exatamente aquilo que quero que aconteça.

Tenho uma amiga que faz isso com maestria. Não só com a carreira dela, mas com todas as outras partes da vida. Por exemplo, a viagem de férias dela e da família, de 2015,  já está comprada e roteirizada. Não, não errei. É a de 2015 mesmo. A de 2014 então....já é até coisa do passado sem ainda ter sido. 

Me divirto ouvindo ela contar sobre isso. Mas sempre falo, para ela inclusive, que eu gosto da surpresa. De chegar num lugar e encontrar coisas que não li antes e que não sabia que existia. De novo: não significa que não faça algum planejamento, mas deixo brechas para o novo, muitas brechas.

Uma das melhores viagens que fiz, foi há uns 3 anos atrás para a Europa, com meu filho (na época com 14 anos) e meu sobrinho (com 18). Foram 25 dias, com os lugares por onde íamos passar definidos e alguns passeios que realmente já foram organizados aqui do Brasil. Mas tivemos diversas passagens surpresas que é o que mais lembramos e gostamos. Por coincidência, duas delas aconteceram em Lisboa. 

Um dia, já no fim da  tarde, voltamos de metrô para o hotel e paramos numa estação antes da que deveríamos. Tivemos que atravessar todo o parque Eduardo VII que é enorme. Era verão e o calor batia lá na casa dos 37 graus. Estávamos exaustos e então, no meio do parque, o sistema de irrigação automático começou a funcionar. O meu filho colocou o pé na água e olhou para nós. Meu sobrinho fez o mesmo. Foi quando decidi deitar no chão e me molhar, tal e qual a grama que ali estava. Os dois fizeram o mesmo e lá ficamos nós tomando “banho de magueira” - como se diz na minha terra. Foi bom demais aquela sensação. Passamos meia hora deitados, nos refrescando e vendo o céu azul. Voltamos para o hotel em estado de graça.

Em um outro dia, nos perdemos ao voltar de uma loja de departamentos e quando conseguimos nos "achar" já era bem tarde. Fiquei preocupada porque os meninos estavam com fome, mas aquela hora seria difícil encontrar algum lugar para comer. Foi quando olhei, no alto de uma pequena montanha e vi uns janelões de vidro e um lindo gramado. Falei para os garotos que ali parecia ser um restaurante e fomos checar. Era os fundos de um restaurante mesmo. Quando chegamos na frente do lugar, percebemos que era super chique. Disse a eles poderíamos comer ali mesmo, não importava o preço: uma vez na viagem toda, não iria nos quebrar. Só que tinha um problema: estávamos os 3 de chinelos e os meninos estavam de bermuda. O lugar não aceitava que as pessoas entrassem assim ali. Expliquei ao maitre o que tinha acontecido e ele foi falar com o chef para ver se ele nos deixaria entrar assim mesmo. Ele deixou! O restaurante era incrível e foi delicioso. Também foi caro, é verdade. Mas valeu cada euro gasto. Já de volta ao Brasil descobrimos que aquele era um dos melhores restaurantes da Europa. Para nós, até então, era apenas o lugar certo, na hora certa. Isso nos motivou, ainda mais, a deixar espaços para que as coisas fluam, mesmo quando tudo está muito bem planejado.

Nós 3 em Roma. Muitas coisas descobrimos porque não planejamos!

Que 2014 também seja assim para todos nós. Planejado na medida certa e aberto para o novo.


segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

O próspero fluxo da vida. Conecte-se a nele e abra-se para o novo.

Na semana passada íamos falar sobre a resistência dos homens às mudanças. A escolha era uma resposta à quantidade de comentários e contribuições que tivemos quando falei sobre esse assunto no meu timeline do facebook; mas eis que o destino agiu novamente: eu não consegui abrir o tema da semana como tenho feito toda segunda-feira. Tentei dar uma de superwoman e realizar mais essa tarefa sem sucesso quando a Isabela, delicadamente, me cobrou o texto e o tema. Nesse momento decidi que não ia controlar tudo e disse: abra você a semana, o tema é livre. 

Assim o tema mudanças tomou conta da semana graças ao movimento que a própria Isabela está vivendo. O comentário de uma amiga me lembrou o post que tinha feito final do ano passado sobre a energia que reinaria neste ano de 2013: ano da serpente. Veio com isso a necessidade de falar sobre a Coragem para ancorar a mudança que queremos fazer. Desta forma orgânica o tema mudança se instalou e o blog cumpriu sua missão de informar e chamar às pessoas a refletir sobre seu momento de vida.

Creio muito neste fluxo energético. Na realidade me treinei para acreditar. Para não querer controlar tudo, planejar demais. Tudo em excesso, acredito, é destrutivo. A falta de planejamento gera desperdício e perda de foco. O excesso corta o fluxo natural da vida que é mais próspero do que a nossa mente é capaz de pensar e imaginar. Me considero persistente e decidida. Trabalho bastante e gosto disso. Mas o treino no Sentir, me ajudou a saber identificar o momento exato que devo parar de insistir em algo. O momento em que devo me abrir para o novo, para o não planejado. E tal qual o waze, recalcular a nova rota. Nesse momento uso a mente, o intelecto, para tirar o maior partido do momento com as novas configurações. E vou levando a vida, me abrindo para o novo, recalculando rota, me abrindo para o novo, recalculando rota. Não sofro com as metas de curto prazo não alcançadas quando a nova rota continua me levando para meu destino maior. Hoje eu sei que nesse novo caminho surpresas virão que tornarão a minha viagem mais rica e interessante.

Nunca surfei mas creio que o surfista deve fazer isto com maestria. Ele não decide como o mar estará mas sim como fazer o seu melhor com o mar que está ali. E num momento mágico ele é também mar, também onda, somando forças, fazendo um balé lindo e glorioso. Para construir essa harmonia é preciso antes de mais nada, Sentir. Sentir-se. Interiorizar. Depois estar atento ao todo, aos sinais. É estar onde se está, o famoso estado Zen. Sair do automático.  

Como disse o professor de Yoga no final de semana: "yoga não é performance, é atenção na ação". Fique atento a você e ao mundo que não para de enviar sinais. 

Boa semana!


sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

A matemática das mudanças!


Não sei se foi porque acordei com a história do dia 13 na cabeça, mas passei o dia pensando em números. Fiz umas contas bem por cima que me surpreenderam.Por exemplo: eu passei meus últimos 8 anos trabalhando numa empresa, que nunca se mudou. Isso significa que foram quase 2.000 dias da minha vida passando pelos mesmos lugares. Devo ter entrado no elevador e apertado o número 17, andar da firma, pelo menos, umas 6.000 vezes. Almocei num mesmo restaurante, pelo menos umas 500 vezes. Fui ao mesmo banheiro umas 20 mil vezes (tomo muita água e faço muito xixi). Fui gostando da brincadeira e aprimorei um pouco: fiz, por baixo, uns 1.500 briefings (teve épocas, anos atrás, que chegava a fazer uns 8 por dia!).Devo ter respondido, por baixo, uns 20.000 emails. Comecei ganhando x (quando fui lá apenas para fazer um projeto de 3 meses de duração) e acabei como diretora, com salário 5 vezes maior do que o x do projeto inicial. Recebi mais alguns xx de bônus. Devo ter falado as palavras bom dia, obrigada e por favor – somadas todas – umas 40.000 vezes. Andei bem uns 700 quilômetros entre a garagem e a minha mesa. Fiz mais e mais dessas estimativas, mas creio que já é o suficiente para ilustrar. 

Então constatei: e agora só me restam mais 3 dias. O menor dos números de todas essas contas! Frio na barriga! Medo! Quase congelei! Estamos falando de mudanças esta semana no fim das contas e aí, me pego com esta afirmação. É estranho. Fico me perguntando o que faço no dia em que não tiver as referências que passam pelo meu olhar diariamente. As mesmas paisagens, os mesmos rostos, a mesma rotina! Que coisa louca esta sensação de falta. 

Mas aí mudei o foco. Espera! A paisagem mudou sim. Eu é que não me dei conta. Veja: eu vi a ponte estaiada ser construída. Cada bloco de concreto que foi colocado ali, eu acompanhei. Vi a favela do jardim edith pegar fogo duas e depois vir abaixo. Vi o residencial popular que foi construído ser erguido tijolo a tijolo e agora, mais recentemente, acompanho cada concreto do monotrilho. Vi lojas e restaurantes fechar e abrir as portas no centro comercial que tem embaixo do prédio. Vi amigos e conhecidos irem embora. 

Então entendi que o fluxo tem que seguir e nada mais me resta a não ser ir com ele. Com o coração grato, a alma limpa e feliz porque a mudança me permite a renovação do olhar: externo e interno. Dá medinho, lógico, mas lá vou eu!
Foto da Ponte Estaiada já pronta (tirada de dentro meu carro)

O Jardim Edith demolido

O monotrilho pelo retrovisor do carro

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Coragem! aproveite o ano da serpente para fazer a mudança que já existe dentro de você

Pode ser que você não acredite em horóscopos e ainda sabendo que é chinês, faça menos sentido para você; mas você deve ter sentido que este ano a vida tem te empurrado a decidir. Especialmente a decidir sobre cortes que farão tua vida tomar outro rumo. Estou errada?



Se você tomou essas decisões é bem provável que você esteja atravessando o que eu chamo de "limbo do novo". Esse estado sem rumo e o que é pior, sem saber o que fazer, como agir, é um momento muito delicado e perigoso. Perigoso porque se você deixar que o medo se instale você irá voltar correndo ao caminho - e forma - antiga de ser. Atenção! Por algum motivo usamos as mesmas ferramentas e formas que nos levaram a crise para lidar com o medo do desconhecido. Fazemos mais do mesmo que nos levou ao ponto de estrangulamento. Parece irracional, mas não, é exatamente o contrário: muito racional. A mente só usa o conhecido para lidar com a realidade, por isso ela vive, de certa forma, no passado. 

Antes de querer voltar ao modelo antigo reflete se tudo aquilo que você passou nos últimos meses ou anos não merecem você continuar com coragem em direção ao novo. E a dica é essa: coragem. Coragem vem de core que tem como base a mesma raiz de coração.  Porquê o coração? porque é através dele que temos o sentir, esse sentimento e saber não racional que nos alerta, que nos indica, que até nos grita sobre o que nossa alma quer o que não quer. Pena que especialmente desde o Iluminismo a gente tenha aberto mão desse saber tão especial, lúcido e sábio. 

O sentir sabe. O sentir sente. O sentir não usa o passado como referência. Usa o saber interno para te alavancar e te levar com confiança para frente. Isso não significa abrir mão do mental. Aprendi que o mental é um ferramental poderoso para organizar, planejar, resolver questões práticas. É um belo software que nos ajuda a pôr em ação aquilo que o sentir está trazendo. Ambos, juntos, são poderosos. Juntos, são o melhor de nós. Mas é a mente que está a serviço do sentir e não ao contrário.

E se você ainda não decidiu... bom, saiba que quanta maior sua resistência maior a dor. Pode crer. E aqui não estou julgando se você tem direito a tê-la ou não - quem sou eu - mas estou dizendo por experiência própria que quanto mais nos fechamos nas nossas crenças que não servem mais, mais ficamos aferrados a uma história que só nós insistimos em acreditar que ainda está viva, embora ela tenha morrido há um bom tempo. 

Vou dizer uma coisa forte, mas como eu disse anteriormente, aprendi por experiência própria: pode haver bastante teimosia ai. A teimosia de quem sempre se colocou na posição de estar certo e correto, e ganhou com isso uma certa vaidade. Creio que essa é uma das piores situações no ano da serpente. Porque a serpente vem com tudo para nos dizer que no seu ano, não há certezas e que a incerteza e humildade, são o melhor caminho para atravessa-lo. Encare, relaxe, aceite ser vulnerável. A vida fica melhor, mais fácil, mais leve, mais harmônica com seus ciclos. Em fim, no meu entendimento, mais feliz.

Claro, você sempre pode resistir. Livre arbítrio acima de tudo. É um direito seu mas lembre: o ano da nossa curadora serpente acaba em 31 de janeiro de 2014 e ela, poderosa, só volta de aqui a doze anos. Quer viver os próximos doze anos da mesma forma?

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Porta trancada e alma lavada

Hoje é um dia estranho para mim, pois pela primeira vez tenho certeza absoluta de que um ciclo se fechou na minha vida. Das outras vezes, levei um tempo para entender isso, mas agora, não tenho dúvida: nem de que este dia estava chegando e nem que hoje, finalmente, aconteceu. A chave que trancou esta porta foi o encerramento do meu contrato com a agência em que trabalhei por 8 anos. Mas o ciclo que se fecha é muito, mas muito maior do que isso. 

Hoje pela manhã, tirando uma carta do meu tarô de aconselhamento, fui presenteada com o “grande espelho de fumaça (reflexos)”. O conselho me dizia que não havia mais tempo para enxergar o mundo envolvido em uma cortina de fumaça. Falava ainda em tomar a minha vida nas mãos e vivê-la como eu sou, embora me dissesse também, que a fumaça tinha sido importante e cumprido seu papel. As palavras são lindas e por isso replico aqui:

foto tirada da carta que faz
 parte do baralho/livro
"As Cartas do Caminho Sagrado"
O Grande Espelho de Fumaça reflete a lição que manda deixar o mito para trás. Você é aquilo que decidir ser. Remova a cortina de fumaça que oculta os seus talentos ou méritos naturais e levante a cabeça. Descubra quais são os seus aspectos internos que necessitam de crescimento, e principie, a trabalhar neste seu processo de evolução sem perda de tempo. Já é hora de fazer aflorar todo seu potencial e comece a viver as suas verdades. (...) E finalmente, em todos os níveis, o Espelho de Fumaça nos faz enxergar a luz e a sombra como facetas úteis e necessárias à nossa evolução.





É difícil não vou negar. A gente se acostuma com um jeito de fazer as coisas e abrir mão disso, entrar num certo desconforto, traz o medo que trava, a insegurança que não queremos lidar. Mas começou a clarear no meu coração anos atrás (sim, eu disse anos atrás) que ter aquela sensação de que o pulso não pulsa e que você está eternamente cumprido um papel – que pode até ser você – mas está longe de ser o MELHOR DE VOCÊ é muito pior que o medo e a insegurança. Também concluí que a prosperidade só vem quando existe amor por si mesmo e pelo próximo ou por uma causa ou um ideal. Eu ganhava dinheiro, mas não me sentia próspera mais. A minha paixão por comunicação -  que ainda é meu propósito de vida (hoje eu sei!) ficou tão apagadinha que eu jurava que não existia mais. Isso me trouxe um bicho papão terrível para dentro de mim. De repente eu já nem sabia quem eu era. Mas no fim das contas, aos poucos, com paciência, amorosidade e muito sentir as coisas foram clareando, tomando cor novamente. Isso mesmo ainda sem saber que caminho vou seguir daqui pra frente. Mas já me sinto viva, pulsante, empolgada. Coisas que já nem sabia mais o gostinho. Não estou falando só do trabalho não. Estou falando da minha vida mesmo. Por completo, inteira e verdadeiramente eu. Tenho certeza de que tudo vai dar certo, mais certo ainda do que já deu.

Nota: esta é uma semana atípica aqui no blog, pois eu e a Nany, por diversas razões, não conseguimos organizar um tema. A Nany escreveria hoje, mas por um motivo muito especial, acabou não fazendo e me perguntou se eu poderia escrever e que o tema, eu escolheria. Fiquei animada e este texto simplesmente saiu de dentro de mim. Espero que cada palavra toque o coração de vocês e animem a agir aqueles que estão sentindo algo semelhante ao que descrevi. É o meu desejo maior no dia de hoje.

Ah...o motivo especial para a Nany não escrever é que hoje é aniversário dela. Pronto, contei.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Refletindo por algo maior



Em agosto falamos aqui sobre o filme Eu Maior que, naquele momento, ainda estava sendo produzido. Agora já está em exibição em algumas salas de cinema do Brasil e também disponível no youtube. Só ontem eu consegui assistir e confesso que vou precisar fazer isso mais algumas vezes para poder dizer o que achei. 

Ele me toca muito em diversos aspectos, mas por enquanto o fica mais fort para mim é a magia no tom da voz das pessoas que, de alguma forma, se dedicam a entender o sentido maior da nossa existência. Em alguns momentos fui tomada por alguns insights e “fichas caíram”, mas ainda num nível mais inconsciente do meu sentir.

Falando com um amigo ele disse que não gostou tanto assim porque como os produtores são ligados a ioga, a obra puxa um pouco para os preceitos desta filosofia. Sim, é verdade em alguns momentos isso aparece. 

Mas consigo olhar além e encontrar a beleza de ver pessoas de origens, profissões, interesses tão diferentes colocando suas opiniões sobre o sentido da nossa existência. Não tem a ver com religião, mas tem a ver com fé. 

O filme tem cerca de uma hora de duração e pode ser um programa gostoso para este fim de semana. Enche o coração de esperança e aquece a alma. Se o tema da semana são as mulheres autoritárias e os homens fracos, pode ser uma boa oportunidade para ambos pensarem em algo muito maior do que os nossos conflitos pequenos.

Um fim de semana de reflexão para todos nós.