A dica para este fim de semana é meditar! Antes que você torça o nariz dizendo que isso é coisa de gente que abraça árvore, que tal ler a proposta até o fim? Muitas pessoas nem cogitam a meditação, especialmente no mundo ocidental, porque simplesmente criou-se o estereótipo de que meditar significa desligar completamente a mente e entrar num estado elevado de consciência, quase a iluminação. Esqueça isso. Não serve para a maioria das pessoas. Eu sempre brinco que “ser zen meditando nas montanhas do Himalaia é fácil, mas quero ver ser zen aqui no dia a dia, na pressão, trânsito, correria, etc etc etc”.
Nas minhas andanças em
busca do autoconhecimento já me meti em muitos tipos de meditação: meditações
ativas do Osho que faz você cansar o corpo para depois acalmar a mente. Meditações
ligadas a yoga como a que você fica por alguns minutos olhando a chama de uma
vela e depois fecha os olhos e encontra (literalmente) a chama dentro de si.
Meditação dos budistas em que você fica andando vagarosamente sentindo cada
pedaço da sola do seu pé tocar o chão. Já comprei CDs, DVDs, baixei aplicativos no tablet, livros de
meditação.
Todas as experiências foram válidas e me ensinaram algo, mas o maior aprendizado é que, neste
assunto, simplificar é o melhor caminho. Sentar num canto calmo em casa por 5 minutos, colocar uma música
relexante e tentar ficar atento a sua respiração, muitas vezes, pode ser mais
benéfico do que ficar pulando por 40 minutos antes de sentar e acalmar a mente.
Aliás, pode ser até menos do que 5 minutos.
Selecionei alguns
caminhos para você tentar fazer disso algo agradável e não um suplício. Mas o
importante é lembrar que é quase impossível se livrar de todos os seus
pensamentos, portanto, não brigue consigo mesmo. Deixe que venha, mas deixe que vá também. O segredo está aqui: não se
concentre em nada que chegue à mente. Eu tenho uma técnica própria para isso:
quando vejo que minha cabeça começa a me jogar pensamentos, imagino que são
passarinhos e vieram comer alpiste, então digo: pegue um pouco de comida e vá
embora. Além disso já percebi que tem dias que é mais fácil relaxar do que em
outros. Aceite isso e pronto. É como jogar futebol ou qualquer outro esporte:
sua performance não é sempre a mesma, mas o treino aprimora a técnica.
Então vamos lá:
1)
Meditação
em um instante: trata-se do vídeo abaixo, que circula muito na internet. É bem
simples e ele te conduz a meditar por exato UM minuto. Pronto, acabou.
2)
O
Livro das Meditações (de Gilda Telles, Publifolha): são 40 práticas meditativas, com explicações claras e
objetivas sobre o surgimento e o significado de cada uma delas. No mínimo você
vai aprender algo novo.
3)
Meditação
da vela: não precisa de nenhuma frescura. Pegue uma vela comum, acenda, sente-se confortavelmente diante da chama (apoie
as costas se for preciso) e simplesmente olhe para a parte mais azul da chama.
Por quantos minutos conseguir (entre 1 e 5 minutos é mais do que suficiente,
marque num timer que possa lhe avisar que o tempo indicado já passou). Tente
piscar o mínimo possível. Depois disso fecha o olhos, e a imagem da vela estará
reproduzida (literalmente) na altura dos seus olhos. É muito fácil encontrar, pois
nada mais é do que o registro dos seus olhar para a mente. Fique com essa imagem enquanto
ele estiver ali (dura cerca de um minuto).
É isso. Começando devagar,
sem grandes expectativas, aos poucos você vai conseguir ampliar seu tempo
meditativo e vai sentir os efeitos que isso vai lhe trazer. A melhor técnica vai
te encontrar, não se preocupe.
Um fim de semana
meditativo e relaxante para todos nós.