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quinta-feira, 29 de maio de 2014

Feliz com o novo todos os dias

Quando penso em alguém que realmente encarou o novo de frente, só me vem a cabeça uma amiga idealizadora de um projeto sobre felicidade e do blog FÊliz com a vida

A Fê, como carinhosamente a chamamos, largou uma promissora carreira em uma agência internacional e resolveu passar um tempo andando pelo mundo pesquisando o tema felicidade. A questão é que para fazer isso acontecer, ela se muda de 3 a 4 meses em média. Às vezes ela SÓ muda de país, mas a maioria das vezes, ela muda, inclusive, de continente. Já deu para perceber que ela lida com o novo praticamente todos os dias, né?


Ela escolheu a Tailândia para o início da sua jornada e, a sua casa, nesta época simplesmente era com o pé na areia e de frente para o paraíso. Todas as pessoas que conhecemos em comum, e que estavam aqui no Brasil, comentavam a mesma coisa: basicamente invejavam a coragem e a nova vida da nossa amiga. Já ela, passava maus bocados para se adaptar, afinal, a grama não era assim tão verde como todos acreditavam. 

Mas ela é uma guerreira e não iria desanimar ou desistir assim tão fácil. Tanto foi assim que, no início deste ano, lançou o desafio dos 100 dias felizes e, durante este período, todos os dias ela lançou uma foto explicando um motivo para ser feliz! 

Realmente uma lição para quem quer ir encontro ao novo, afinal, imagine você ter que se adaptar aos mais diversos tipos de cultura, longe da sua família, do seu país, da sua língua nativa. Imagine mudar e morar em casas diferentes num período tão curto de tempo e, mesmo assim, encontrar 100 motivos para simplesmente ser feliz. 

Isso é a prova de que ir de encontro ao novo, romper com aquilo que não fala mais ao seu coração, só pode fazer bem. Conversei com a Fê hoje e sei que a vida dela não é um mar de rosas. Ela tem medos, anseios e inseguranças. Mas ela não perdeu o sorriso aberto da menina que contratei muitos anos atrás e que já era feliz. Admirável a sua coragem e seu belo projeto. É um exemplo para quem ainda está com receio de colocar o pé no novo.



quarta-feira, 28 de maio de 2014

Confiança para mudar exige apenas um passo

Na última segunda-feira eu fiz uma Oficina de Constelação Corporativa - que nada mais é do que a Constelação Familiar* aplicada ao lado profissional. Confesso que nunca tive uma experiência com esta parte da psicanálise, mas tenho diversos amigos que sempre me falaram muito bem sobre os resultados que ela oferece. Fui mesmo por curiosidade  e acreditando que era uma boa oportunidade para o momento de mudanças profissionais que estou atravessando. O público era bem variado: donos de pequenos negócios, funcionários de grandes empresas, pessoas que haviam sido demitidas, profissionais liberais. 

Quando começamos o trabalho, a facilitadora propôs escolhermos um tema, e um dos participantes sugeriu falarmos sobre autoconfiança. Foi só ela mencionar isso e as pessoas começaram a falar sobre o tema e suas experiências e dificuldades a respeito. Todos, de alguma forma, sentiam que estavam passando por mudanças - internas e externas - que os faziam sentir-se incomodados e pouco confiantes com o futuro. Eu disse isso mesmo: TODOS. Não havia ninguém ali que estava totalmente satisfeito com o que estava fazendo.


O que apareceu com ênfase durante todo o trabalho pode ser resumido da seguinte forma: a auto confiança está ligada a ação, experiência, coragem, conhecimento e desafio. O interessante é que todos concordavam que coragem e ação eram os assuntos mais difíceis de lidar e expressar. Mudar, todos queriam. Estar confiantes para isso, não estavam.


Me lembrei do nosso tema da semana e pedi para falar. Queria contar a experiência que vivi 13 anos atrás quando vim trabalhar em São Paulo. Mudei de emprego, de vida, de cidade. Trouxe meu filho e minha família não estaria mais por perto para ajudar. Por mais difícil que tenha sido, eu confesso que não me lembro das dificuldades. O que me marcou neste momento de transição foi o novo. Conhecer a cidade, fazer amigos, vencer pequenos desafios como encontrar um apartamento legal e aprender a dirigir na cidade. 

Que sensação maravilhosa. Me lembro como se fosse ontem. E é essa sensação que me ajudou, agora, a fazer um novo movimento de novo. Não mudei de cidade, mas mudei de vida. Tive medo? Sim. Tive e tenho. Mas é maravilhosa a sensação de encontrar o novo e me surpreender com tantas novidades. A renovação é uma bênção e só é preciso um primeiro passo para que ela aconteça. Faça isso e, tenho certeza, você vai adorar.

*A “constelação familiar” consiste em um método no qual um cliente apresenta um tema de trabalho e, em seguida, o terapeuta solicita informações factuais sobre a vida de membros de sua família, como mortes precoces, suicídios, assassinatos, doenças graves, casamentos anteriores, número de filhos ou irmãos.
Com base nessas informações, solicita-se ao cliente que escolha entre outros membros do grupo, de preferência estranhos a sua história, alguns para representar membros do grupo familiar ou ele mesmo. Esses representantes são dispostos no espaço de trabalho de forma a representar como o cliente sente que se apresentam as relações entre tais membros. Em seguida, guiado pelas reações desses representantes, pelo conhecimento das "ordens do amor" e pela sua conexão com o sistema familiar do cliente, o terapeuta conduz, quando possível, os representantes até uma imagem de solução onde todos os representantes tenham um lugar e se sintam bem dentro do sistema familiar.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

O limite depende de você.

Há momentos da vida em que aparentemente tudo está certo mas a gente se sente todo errado. As coisas começam a não se encaixar mais. Os lugares que costumavam te animar deixam de ser tão divertidos, as pessoas com quem você sempre se divertia parece que não tem mais graça. Os interesses mudam, porque você mudou e talvez não tenha se dado conta de quanto. Gosto de pensar nesses momentos como um momento de ruptura que abre infinitas oportunidades para nossa vida, nosso futuro. Isso mesmo infinitas; nós que depois vamos restringindo ao fazer escolhas.

Como estamos vivendo o movimento humano de desestruturação esse momento de ruptura está latente na vida das pessoas. Várias vem falar comigo sobre isso. As rupturas mais evidentes geram mudanças que em muitos casos costumam ser traumáticas e difíceis. Para estes, existe um tempo, como se fosse um limbo, em que se é necessário compreender o que realmente aconteceu para poder agir. Por conta de ter falado bastante sobre este tipo de ruptura nos últimos meses, escolhi falar esta semana sobre outro tipo, mais sutil, que vai acontecendo aos poucos. Neste caso há sempre alguns episódios marcantes que vão "rachando" nosso status quo, mas nem sempre são grandes traumas, grandes cortes. É como se fosse um desgaste dos elos que nos unem a uma determinada realidade que com o tempo vai ficando sem brilho até ficar bastante claro que o mundo ao qual estamos inseridos não faz mais sentido. 

Nos meus trabalhos de campo aprendi que esses casos, a pessoa vai se conectando com sua essência, seu sentir, aos poucos; muito mais movida por uma inquietação interna do que por um trauma externo. O trauma externo, entendo, tem o papel de dar um choque para a pessoa acordar de um estado de desconexão profunda consigo mesma. Na ruptura que falo hoje, esse trauma não existe. Pelo menos não dessa forma. Creio que até podem ser pequenos traumas que vão sendo assimilados lentamente e quando nos damos conta, já estamos em outro estado de ser, bem mais integrados conosco mas desintegrados com a realidade que escolhemos anteriormente viver. E ai o desconforto e a desorientação.

Considero este momento um momento mágico, e se feito com bom humor e consciência, até divertido. Imagina você acabar de chegar num novo país ou mundo, se tua imaginação permitir, e nele precisa criar novos elos com todo a liberdade de ser uma pessoa diferente, mas de acordo ao teu sentir. Claro, precisa de coragem, mas como falamos a semana passada, a coragem tem a ver com a confiança, confiança em ti e em acreditar que tudo está certo.

A coragem também pode vir da consciência de saber que momentos como esse acontecem poucas vezes na nossa vida. É de tamanha potencialidade esse momento, que no mínimo é triste quando não o aproveitamos. Um dos nossos objetivos esta semana é te ajudar, te encorajar, para que você viva tudo o que você tem a viver se estiver atravessando essa fase. Lembra sempre que nesses momentos únicos da nossa vida, a frase o céu é o limite, nunca foi tão verdadeira.

boa semana, e coragem!