sexta-feira, 27 de junho de 2014

Ser exatamente quem somos é a chave que abre esta porta



Acordei hoje com uma "pulga atrás da orelha": apesar da mulher atual ser tudo que ela é hoje (fortona, destemida, batalhadora e todas as características citadas no tema da nossa semana) ainda assim, a maioria de nós, não aprendeu a ter auto-estima. E sem ela....não há solução. 

Não importa se você estudou muito, se rodou o mundo, se é presidente de multinacional, se tem tudo que sempre sonhou. Se o seu coração não está em paz com quem você verdadeiramente é, nada vai funcionar. Auto-estima é coisa delicada. É difícil reconhecer, debaixo de tantas vestimentas e máscara, quem realmente se ama e se reconhece de fato. Sei que os homens também sofrem da mesma coisa - não é um mal feminino, mas a sensação que tenho é que com a mulher este assunto ainda é mais intenso e presente.

Auto-estima, não tenho dúvida, é coisa que começa se estabelecer em casa, na criação. Não é apenas o elogio que leva a auto-estima, mas a honestidade de ser destacar as boas qualidades e não valorizar potencialmente os defeitos.

Aliás…o que é defeito? Fico pensando nisso sempre que vou fazer entrevistas de emprego e me pedem para citar as minhas qualidades e os meus defeitos. Sempre acabo confusa porque, no fundo, acho meus defeitos qualidades e minhas qualidades, muitas vezes, soam como defeitos. Portanto temos que aceitar as pessoas como elas são. 

Se falamos sobre a incrível geração de mulheres que foram criadas para ser tudo que os homens não querem, faço um apelo àqueles que criam seus filhos: os aceitem. Mais importante do que criar mulheres para enfrentar um mundo novo e homens para serem vencedores, nós precisamos muito de seres humanos com a auto-estima equilibrada e, acreditem, os pais são fundamentais para que isso ocorra. 

Fecho a semana inteiramente convencida que mais importante do que ser uma mulher moderna ou um homem contemporâneo, precisamos ser nós mesmos.

Deixo para vocês um vídeo que assisti hoje e que fala deste assunto. Muito interessante. Está em inglês, mas é fácil de entender. A diretora do vídeo pede para as pessoas fazerem coisas como "uma garota". Olha a diferença na reação entre as mulheres adultas e as meninas. Esta atitude das jovens meninas é que não pode sumir ao longo do tempo! É disso que estamos falando!




Um final de semana de muita luz para todos nós.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

A prática torna tudo mais fácil. Até mesmo o equilíbrio na relação a dois!

Ontem foi um dia exaustivo para mim - tanto emocional quanto fisicamente. Acordei muito cedo, me preparei para uma entrevista importante e, no meio disso tudo, recebi duas notícias que me abalaram. Além disso eu sabia que teria uma agenda cheia no período até à noite.

Não estava fácil e no meio do dia eu já estava tão cansada que fui tomada por um mau humor sem tamanho. Quem me conhece sabe que dificilmente eu fico mal humorada. Mas sei bem que quando a gente está assim, costuma descontar na pessoa que está mais próxima e tentando te ajudar. Quem estava comigo era o meu companheiro de 8 anos. Ele me acompanhou na entrevista apenas para me dar apoio moral e ficou mais de uma hora passeando pelo shopping a minha espera. Isso porque ele tinha feito um treinamento de trabalho na noite anterior e praticamente não havia dormido. Mesmo assim soltei os cachorros nele. 

À noite, depois de toda agenda cumprida, estava sozinha em casa, e muito chateada por ter brigado com ele. Comecei a refletir: sem dúvida eu não tinha motivos para brigar com ele, mas por outro lado, se ele me conhece bem (e conhece) sabe que eu não sou assim. Então também não devo brigar tanto comigo mesma. Foi só um dia difícil. Respirei fundo e liguei para ele. Sem dramas, nem desculpas pedi. Apenas conversei e ele, vendo que eu estava mais calma, falou comigo calmamente, colocou o ponto de vista dele e nos entendemos. 

Não foi sempre assim. Em outros tempos, nem tão distantes assim, um dia como o de hoje teria gerado um estresse e uma briga que duraria pelo menos uns 4 dias. Ele estaria com cara emburrada, eu me penitenciando por ter sido um “monstro”. Mas a maturidade chegou e isso fez muito bem para a nossa relação. Agora a gente não quer mais ter a razão. Eu não quero mais que ele entenda o quanto a minha vida é dura e como é difícil cumprir todos os meus papéis: de mãe, dona de casa, profissional, amiga e blá blá blá. E ele não que me convencer que o problema é a minha arrogância de mulher moderna. Nos aceitamos e, principalmente, nos amamos, verdadeiramente. Ouvimos o que temos a falar e nos acolhemos. Amanhã pode ser ele que esteja de mau humor e assim, compreendemos que todos têm direito a um dia ruim. Bom mesmo é saber que conseguimos chegar neste equilíbrio. 


A escritora Elizabet Kantor escreveu recentemente um livro entitulado A Fórmula do Amor, onde ela usa as personagens de Jane Austen (autora, entre outras obras, de Orgulho e Preconceito) para explicar as diferenças no 

“vamos usar nossa especialidade natural em relacionamentos para abrir nosso caminho no campo minado das vulnerabilidades de homens e mulheres até um lugar onde ambos possam ser felizes”. 

Isso é um conforto quando colocado verdadeiramente em prática!

terça-feira, 24 de junho de 2014

Mas, afinal, qual é a mulher que o homem quer ter ao seu lado?

Desde a semana passada está circulando pelas redes sociais um texto da Ruth Manus, publicado no Blog do Estadão e que, segundo o próprio jornal, já foi compartilhado por mais de 700 mil pessoas. O assunto o próprio título entrega: "A incrível geração de mulheres que foi criada para ser tudo o que um homem NÃO quer”.  No relato sincero e fiel ela descreve a mulher que ela é que, provavelmente, o incrível número de pessoas que interagiu com o texto, também é. Somos, como temos falado ao longo da existência do projeto Movimentos Humanos, a mulher que ela relata já no início do seu texto: 

“Ela tem que trabalhar e estudar muito, ter uma caixa de e-mails sempre lotada. Os pés devem ter calos e bolhas porque ela anda muito com sapatos de salto, pra lá e pra cá.

Ela deve ser independente e fazer o que ela bem entende com o próprio salário: comprar uma bolsa cara, doar para um projeto social, fazer uma viagem sozinha pelo leste europeu. Precisa dirigir bem e entender de imposto de renda.

Cozinhar? Não precisa! Tem um certo charme em errar até no arroz. Não precisa ser sarada, porque não dá tempo de fazer tudo o que ela faz e malhar.

Mas acima de tudo: ela tem que ser segura de si e não querer depender de mim, nem de ninguém.”

Qual mulher não se identifica com ao menos uma ou duas características apresentadas neste descritivo? E lá vamos nós falar novamente sobre os conflitos que se inicia, muitas vezes, por conta do que somos hoje para a sociedade. Ao longo do texto ela expressa o outro lado desta mesma moeda e diz assim: 

"Mas, escuta, alguém  lembrou de avisar os tais meninos que nós seríamos assim? Que nós disputaríamos as vagas de emprego com eles? Que nós iríamos querer jantar fora, ao invés de preparar o jantar? Que nós iríamos gostar de cerveja, whisky, futebol e UFC? Que a gente não ia ter saco pra ficar dando muita satisfação? Que nós seríamos criadas para encontrar a felicidade na liberdade e o pavor na submissão?"

Nós do Movimentos Humanos ficamos felizes quando esta discussão ganha a proporção que este texto tomou, pois é a prova do quanto o ser humano precisa e quer debater o assunto. É desta reflexão que conseguiremos caminhar para frente: entendendo e assegurando o papel da mulher no mundo, mas compreendendo as consequências que impacta a sociedade como um todo, incluindo o próprio feminino.

A solução para encontrar um ponto de equilíbrio entre a mulher que somos hoje e o homem que consegue entender e acompanhar esta mulher só pode passar pelo diálogo, pelo amor e pela boa vontade de todos os nós. Vamos falar sobre este assunto, mais uma vez, esta semana. 

Post do jornal O Estado de São Paulo falando
sobre a crônica que inspirou a discussão da nossa semana



sexta-feira, 20 de junho de 2014

Um amor que olha nos olhos

Fiquei a semana toda pensando se fazia sentido falar aqui de uma história de amor bem específica: o amor entre homens e seus cachorros. O questionamento era se fazia sentido falar deste assunto dentro do projeto Movimentos Humanos. Hoje tive a resposta. Estava passando em uma praça quando vi um bulldog se soltar do seu dono e vir correndo em minha direção. Pesadão e desajeitado, como são os cachorros dessa raça, não tive nem tempo de me desviar das suas patas que pegaram em cheio a minha roupa. Resumindo: fiquei suja de lama da cabeças aos pés com a empolgação de um cachorro que, aparentemente, nunca me vira antes. No entanto, parece que já éramos velhos conhecidos. Simplesmente me abaixei e fiz um carinho nele. O dono do cachorro ficou constrangido quando viu o meu estado, mas eu disse a ele que não havia o menor problema. Aquele era um encontro especial. A resposta que eu precisava: sim, vamos falar sobre este amor!

Um dia, assistindo a um programa na National Geographic, ouvi a história de que os cachorros, lá na pré-história, eram lobos com algo que os diferenciava. Eles encaravam os homens. O homem das cavernas começou a perceber esta distinção, e aos poucos, esses lobos se aproximaram dos humanos e começaram então, uma relação mais próxima, pois caçadores que eram, os primatas, entendiam que havia algo especial ali, já que nenhum outro animal na natureza os olhavam nos olhos. Segunda esta história foi assim que nasceu o amor do homem pelo cachorro e vice-versa. Nos tempos atuais, como toda relação, esta também sofre consequências estranhas, fazendo com que muitas pessoas tenham uma afinidade não saudável com seus animais - tratá-los como filhos por exemplo. De qualquer forma, é inegável que este amor traz muitas lições que aquecem nossos corações. 

Coincidência ou não (acredito que não!) esta semana li a história de um menino de 6 anos que explicou aos pais porque os cachorros têm uma vida mais curta do que os humano. O garoto chamado Shane disse: 

Eu sei porque! As pessoas nascem para aprender como ter uma boa vida – como amar todo mundo o tempo todo e ser bom, certo? Bem, os cachorros já sabem como viver assim, então eles não precisam ficar por muito tempo.

Essa explicação é tão linda quanto o poema de Olavo Bilac chamado Plutão. Este poema foi musicado pelo pessoal do Palavra Cantada, muito anos atrás, quando havia um programa na TV Cultura, chamado Rá-Tim-Bum (não confundir com o Castelo Rá-Tim-Bum da mesma emissora e tão maravilhoso quanto!). Toda fez que eu mostro este poema/música para alguém, a tendência é a pessoa achar a história muito, muito triste. Eu acho a história maravilhosa. O amor deste cachorro pelo se pequenino dono é uma lição para qualquer um de nós. 

E você? O que acha? 





quarta-feira, 18 de junho de 2014

O amor sempre começa dentro de nós

Uma das formas de amor é o amor por si mesmo. Sem dúvida essa é a primeira e original forma de amar, afinal, é impossível dar ao outro aquilo que nós mesmos não temos. 

A verdade é que muitas vezes confundimos o amor com outros sentimentos e emoções e complicamos aquilo que deveria ser natural. Louise Hay, escritora de livros motivacionais e fundadora da Hay House uma casa de publicações literárias e também palestrante e professora de metafísica, diz o seguinte: 

“Não importa quanto amor se dê aos outros. Se não amarmos a nós mesmos, ninguém vai nos amar o suficiente. Se temos um relacionamento com uma pessoa que não possui amor próprio, ela nunca vai se satisfazer com o nosso amor, porque não está dando amor a si mesma". 

Nós nascemos fontes de amor, mas conforme crescemos, vamos bloqueando esta luz com nossas crenças limitadoras e começamos a acreditar que não somos bons o suficiente, que fazemos coisas erradas, que somos mau, que não somos dignos de amar e ser amado. 

Tudo que nos afasta do amor, no entanto, está na nossa mente e não no nosso coração. Portanto não existe nenhum milagre. Para conseguirmos amar a nós mesmos é preciso entrarmos em contato com o nosso próprio sentir, com o que verdadeiramente somos e não com aquilo que nossa mente diz que somos. 

É, sem dúvida, um exercício difícil, contínuo e de muita atenção. Mas se exercitado com frequência, vai ficando cada vez mais natural. A maioria das vezes passa por jogarmos todo o lixo que acumulamos dentro de nós fora, como limpar uma casa. Cômodo por cômodo, crença por crença. 

Um exercício para começar a identificar o amor por si próprio é dando atenção aos seus pensamentos. Fique consciente às críticas mais bobas que você faz consigo mesmo no dia a dia. Pensamentos como “ah que burra que eu sou” ou “é muita areia para o meu caminhãozinho”. São com essas pequenas bobagens que vamos minando o nosso amor. Toda vez que se pegar em uma auto crítica pense na hora em algo que você faz muito bem. Repita isso para você quantas vezes for necessário.


Quem ama a si, de forma equilibrada e verdadeira, certamente tem muitas histórias lindas de amor para contar.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Toda forma de amor

Semana passada compartilhei em minha página pessoal do facebook uma lição de amor que li na fanpage da Morena Chic. O texto, na íntegra, é o seguinte:

"Ele tem 80 anos de idade e toma café da manhã todos os dias com sua esposa.
Eu perguntei: por que sua esposa está em casa de repouso?
Ele disse:
- Porque ela tem Alzheimer (perda de memória).
Eu perguntei: a sua esposa se preocupa e sempre te espera para ir tomar café com ela?
E ele respondeu:
- Ela não se lembra... Já não sabe quem eu sou, faz cinco anos, já não me reconhece.
Surpreso, eu disse:
- E ainda toma café da manhã com ela todas as manhãs, mesmo que ela não te reconheça?
O homem sorriu e olhou para os meus olhos e apertou minha mão. Em seguida, disse:
"Ela não sabe quem eu sou, mas eu sei quem ela é".

Diversos amigos se manifestaram, emocionados, a respeito desse relato tão comovente e então surgiu o tema da semana. Vamos falar de amor? Aquele amor que aquece a nossa alma, que faz a gente acreditar nas pessoas e na evolução da humanidade. Basta amar, profundamente, verdadeiramente, de todo o coração.

Convido aqueles que quiserem compartilhar suas histórias de amor, qualquer forma de amor, a nos contar para que possamos incluí-la no blog durante o decorrer da semana.


Que tenhamos todos dias de muito amor!
Boa semana.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Otimismo ou Inocência - a diferença está no quanto conscientes estamos


Otimismo é uma das características de quem enxerga o lado bom das situações. Pode ser confundido com inocência, mas esta semana aprendi bem a diferença entre ambas. 

Inocente é alguém que realmente não sabe, está no inconsciente. Já o otimista, sabe, entende as consequências e ainda assim, consegue enxergar algo bom em qualquer situação. 

Voltaire escreveu um conto chamado Cândido ou O Otimismo (Candide, ou L’Optimisme) em que o personagem principal, no caso, o próprio Cândido, passo por uma infinidade de atrocidades e mesmo assim, consegue ser um otimista. Num diálogo um outro personagem pergunta a Cândido o que é otimismo e ele responde:

“É a mania de sustentar que tudo está bem quando tudo está mal”

Adoro esta definição, mesmo com toda a ironia nela existente. Só alguém muito consciente do que se passa consigo mesmo e com tudo ao seu redor é capaz de entender com tanta lucidez o significado do otimismo assim, sem rodeios ou poesia. 

Por outro lado, para um pessimista é quase impossível compreender tal afirmação, afinal, até o que é bom é ruim. Esta semana, por diversas vezes, percebi isso. Dizem que as pessoas muito inteligentes são pessimistas em potencial, pois enxergam com maior clareza a situação real e por isso mesmo, são mais céticos. 

Pois eu não concordo com esta afirmação. Creio que enxergar os fatos com lucidez e ainda assim se manter otimista é a verdadeira inteligência. E mais uma vez estamos falando de um exercício contínuo para enxergar que tudo tem, no mínimo, dois lados e cabe a você decidir qual quer seguir. 

No final do conto de Voltaire tem uma outra frase maravilhosa que diz assim: “Todos os acontecimentos estão devidamente encadeados no melhor dos mundos possíveis (…)”. É ou não é?

quarta-feira, 11 de junho de 2014

O positivo e o negativo: duas forças que me atraem

Desde que comecei a escrever para o Movimentos Humanos algo muito interessante acontece: muitas vezes estou trabalhando sobre um tema e, quando vejo, algo em minha vida vem colocar a prova aquilo que estou dizendo e, portanto, que acredito. 

Estou dizendo isso hoje, pois no meio do tema positividade, proposto para esta semana, o que me acontece? Estou num momento em que está difícil olhar o lado bom das coisas. Tenho trabalhado com afirmações positivas, acreditando no que dizem os neurolinguistas, mas realmente está sendo difícil trazer um tom de convicção para o que estou me propondo a fazer. Muito interessante, pois isso me lembra uma frase que falava muito no passado: “ser zen meditando no Himalia é fácil, quero ver ser zen aqui, na rotina do dia a dia”

Consciente que estou sobre a questão, tenho me esforçado. Percebo padrões e crenças invadindo meu pensamento o tempo todo. Não estou indo contra elas, usando um conselho que aprendi muitos anos atrás: alimente o pensamento com um pouco de alpiste e depois veja-o voando como se fosse um pássaro livre. Quem me ensinou isso não foi um neurolinguista e nem um grande especialista em coisa nenhuma. Foi uma pessoa simples, mas para mim, funciona. 

Uma coisa interessante eu percebo: quando consigo fixar o pensamento positivo por alguns minutos sou invadida por uma sensação de bem-estar. É químico, embora não esteja tomando nada de remédios ou algo do gênero. Ficou surpresa ao pensar que é só pensamento mesmo!

O fato de ter uma força negativa atuando com um imã me faz entender muito bem a tal “força do pensamento”. É legal, mas vejo como não é fácil. Se não estivesse numa semana de total atenção ao assunto, acredito que estaria passando por um momento bem delicado, uma quase depressão. 


Mas estou suportada e orientada por um universo todo de pensamentos positivos e muito amor. Por isso, mais do que nunca, posso afirma: mantenha uma atitude positiva, veja as oportunidades, tente reclamar menos e agir mais. Por mais difícil que possa ser no início, vai valer a pena o caminhar.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Construindo sociedades orientada por valores

Começou hoje aqui em Sanga-Säby Hotel & Conference em Estocolmo o Seminário coordenado pelo Barret Valeus Center, fundado pelo mestre Richard Barrett. O tema deste ano Building a Valeus-Driven Society. A behavior está participando através da Nany Bilate e alguns importantes alimentarão nosso blog nas próximas semanas.  

O local escolhido não podia ser mais adequado à proposta do seminário, muito inspirador: uma fazenda nos ao redores de Estocolmo 100% sustentável. Com elegância e simplicidade, integrado com a natureza; altamente confortável sem supérfluos. Não existe serviço de quarto mas conta-se com a amabilidade sueca que nos surpreendeu. Comida orgânica, boa parte dela produzida aqui. O hotel me lembrou muito o hotel Explora na Patagônia Chilena. Foi lá que conheci pela primeira vez o que o mundo novo estava chamando de luxo. E aqui não é diferente. Há um mundo novo com relações sustentáveis em todos os níveis tornando-se bem real para quem realmente quiser fazer parte dele.


segunda-feira, 9 de junho de 2014

Não se trata de vítimas e vilões

Ontem buscando conteúdo para o nosso tema me deparei com a seguinte pergunta: 

“qual das seguintes afirmações é mais parecida com seus pensamentos: tem gente querendo me prejudicar ou estão todos dispostos a ajudar”

Fique surpresa ao responder tão rápido que a primeira afirmação está mais próxima do que penso. É surpreendente como agimos: racionalmente sabemos que as pessoas não querem nos fazer mal, pois salvo raras exceções, ninguém veio ao mundo para prejudicar o outro. 

 Mas numa avaliação rápida vi como é fácil se perder desta verdade. Quantas vezes nos sentimos magoados com pessoas achando que elas não fizeram por nós o que eu faríamos por elas ou ainda, que quiseram puxar nosso tapete. 

Eu vivo dizendo que tudo que acontece comigo é unicamente responsabilidade minha e que o resto é só teoria da conspiração, ou seja, uma grande bobagem. Mesmo assim, ao me deparar com essa pergunta, percebi como nossos pensamentos, palavras e ações, quando inconscientes, são fragmentos de nossas verdades. 

Fiz então o exercício contrário, quantas pessoas não devem estar ou estiveram chateadas comigo achando a mesma coisa e eu nem faço ideia. Concluí então que não tem outro jeito a não ser o diálogo. Ele, sempre ele! E a amorosidade. Claro que não vai dar para sair por aí perguntando para todo mundo se, alguma vez, a pessoa se sentiu prejudicada por algo que fiz (ou que não fiz). Mas sempre é preciso fazer isso com as pessoas próximas. Não se trata de discutir a relação. Trata-se de amor, de entendermos que todos nós estamos fazendo o nosso melhor. 

Não há vítimas e vilões e sim, seres humanos tentando acertar, evoluir e crescer. A beleza, insisto, está no amor, na generosidade, no respeito e no andar consciente. Pode parecer muita coisa, mas é só uma questão de se manter no centro da sua vida e tudo isso fluirá sem peso. É nisso que acredito.

domingo, 8 de junho de 2014

Torcer contra é a melhor opção?

Poderia dizer que o tema da semana  está atrasado, já que postamos apenas na sexta-feira passada, mas prefiro dizer que estamos adiantados, pois o assunto é o olhar positivo, o otimismo como antídoto ao pessimismo e assim será durante toda a semana que se inicia.

Não vou negar: a inspiração para falar a respeito do assunto, apareceu especialmente porque esta semana começa a Copa do Mundo da FIFA 2014 e isso vem gerando polêmicas entre os pós e contras, especialmente sobre a capacidade do Brasil de sediar um evento deste nível. 

Eu gosto de futebol. Sou patriota e adoro me emocionar cantando o hino, vendo as pessoas fazendo festa. Me emociono com os comerciais bonitos que os patrocinadores preparam para o evento. Gosto de ver o encontro de pessoas do mundo todo, festejando em harmonia. Piegas? Dirão os mais críticos, céticos e pessimistas de plantão que sim, isso tudo é piegas. Eu mesma, que fazia o tipo intelectual, passei muitos anos escondendo este meu lado. Mas hoje eu não tenho vergonha disso. Pelo contrário: não importa o que o outro acha. Importa a sensação boa que tenho ao ser patriota, torcedora e emotiva.

Mas não vou negar: preferia que a Copa fosse em outro país, pois a minha opinião é que este tipo de evento é para aqueles países que já resolveram seus problemas básicos e podem gastar dinheiro com eventos esportivos bem organizados e que tudo funciona perfeitamente bem. Sei que as chances disso acontecer aqui, são menores e os reflexos já começam a aparecer.

Mas já que vai ser aqui…então vamos lá. Sejamos positivos, torcedores e empolgados. Vejo bandeiras aparecendo aos poucos. As ruas estão sendo decoradas, os carros enfeitados de verde e amarelo. Tudo, ainda, bem devagar. Mais do que em outras copas. São os mais otimistas e animados que começam a puxar a torcida e acredito que o sentimento das pessoas seja bem parecido com o meu: torcer ou não torcer, eis a questão. Isso explica a "timidez" e demora do povo em se manifestar. Mas como disse o jornalista Antonio Prata, na sua coluna da Folha de São Paulo na semana passada: “Torcer contra a Copa é como demorar no banho para derrubar o Alckmin”. 

Estou usando o assunto mais quente dos últimos dias e que vai pegar fogo até a próxima quinta-feira, mas ele não difere de outros assuntos da nossa vida. Tudo é uma questão de escolha de como iremos nos posicionar diante das situações que temos que encarar: vamos ser “do contra”, agir com pessimismo, mau humor, olhando pelo pior ângulo ou vamos procurar encontrar o melhor, a oportunidade, o positivo?

Vendo assim, de fora, parece óbvia a melhor opção. 

Rua Rocha, no tradicional bairro do Bixiga, em São Paulo, sendo decorada ontem por um grupo animado de torcedores

sexta-feira, 6 de junho de 2014

O bom humor sumiu com o sol?


Não sei se eu que prestei mais atenção nisso esta semana ou se as pessoas estavam mesmo mais negativas. Com os amigos que falei pelo telefone, redes sociais e pessoalmente, poucos me contaram algo bom. A maioria estava cansada, com problemas em casa, infelizes no trabalho, entre outras coisas. Nos “facebooks" da vida a Copa está tirando o bom humor de muita gente, junto com a greve de metrô em São Paulo, o trânsito caótico e por aí vai. Até a atendente de uma cafeteria soltou os cachorros na minha frente por conta da leitora de código de barras que não funcionava. Eu, que tento ser mais otimista do que pessimista, confesso, fiquei até um pouco deprimida porque não tinha uma pessoa disponível para dar uma boa risada comigo. Rir de que, sua tonta, é bem capaz de você estar pensando. 

A sorte é que, agora a pouco, eu encontrei na garagem do meu prédio um vizinho de 80 anos que é o bom humor em pessoa. Finalmente encontrei alguém feliz para fechar a semana!  Eu adoro este senhor, em partes porque ele lembra, até fisicamente, o meu pai, mas especialmente porque ele é uma das pessoas mais agradáveis de se conviver. Confesso que eu não sei nem o nome dele, mas gosto do seu entusiasmo. Me falou que estava feliz com a chuva, que tinha saído (de carro!) para levar o netinho na escola. Me contou, de novo - e eu adoro! - que ele era engenheiro sanitarista e que obrigaram ele a se aposentar porque ele AMAVA trabalhar. Sabe onde ele trabalhava? Na Sabesp. Sim, a Sabesp que todo mundo só reclama por conta da falta de água em São Paulo. Me falou dos países que conheceu trabalhando e, orgulhoso como sempre, falou do pai que educou todos os filhos como mestre de obras aqui na metrópole. 

Aí, o mundo que está de mau humor (já entendi isso) vai me dizer: “ah…mais este senhor é aposentado, não fica no trânsito todo dia para ir e voltar do trabalho, não está endividado, não isso, não aquilo”. Sabe o que eu acho? Acho que esse homem chegou aos 80 anos, com aparência de 60 e simpatia de 20, porque ele simplesmente vê o lado bom da vida. 

Não estou falando que nós não temos que protestar, reclamar, demonstrar nossos sentimentos. Claro que temos, pois quanto mais íntegros formos, melhor seremos como pessoa. Mas você já percebeu como um dia cinzento e chuvoso fica mais difícil de aguentar se olharmos apenas o lado escuro do céu? Em algum lugar, mesmo que no horizonte distante, existe sempre algum ponto mais claro. 

Por que é tão difícil olhar para o lado positivo? Por mim, neste momento, eu poderia parar o mundo e ir lá na casa do meu querido amigo vizinho tomar um chá e falar só de coisas boas. Isso significa que a gente precisa contagiar as pessoas e se contagiar com a positividade também!



Vamos dar um pouco de risada, minha gente? Isso também é um hábito. Tenho certeza que até as dificuldades vão ficar mais fáceis de se ultrapassar se, ao menos, tentarmos dar um sorriso ou outro entre nossas dificuldades. 

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Porque férias significa parar

Segunda-feira era o dia de publicar o tema da semana mas mesmo ficando um bom tempo na frente da tela do computador, nenhuma inspiração conectada com meu sentir teve consistência. Com isso compreendi que parte de mim já estava em férias.

Este blog nasceu com o sincero propósito de trazer conhecimento para gerar reflexão. E uma das premissas do nosso trabalho é escrever sobre assuntos e temas que façam sentido ao nosso sentir. Sendo assim, vou respeitar meu sentir e dar um até logo. A Isabela, querida companheira desta jornada, toma conta deste espaço a partir de agora até eu voltar.

Boa semana dos namorados, boa Copa, boa férias e até breve!

Quadro que encontrei na porta de um restaurante na Patagônia Chilena a caminho de Torres del Paine. Num raio de 10 km não havia nenhum outra construção. Ainda bem que quando chegamos tinha alguém!