Mostrando postagens com marcador simples. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador simples. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 10 de junho de 2014

Construindo sociedades orientada por valores

Começou hoje aqui em Sanga-Säby Hotel & Conference em Estocolmo o Seminário coordenado pelo Barret Valeus Center, fundado pelo mestre Richard Barrett. O tema deste ano Building a Valeus-Driven Society. A behavior está participando através da Nany Bilate e alguns importantes alimentarão nosso blog nas próximas semanas.  

O local escolhido não podia ser mais adequado à proposta do seminário, muito inspirador: uma fazenda nos ao redores de Estocolmo 100% sustentável. Com elegância e simplicidade, integrado com a natureza; altamente confortável sem supérfluos. Não existe serviço de quarto mas conta-se com a amabilidade sueca que nos surpreendeu. Comida orgânica, boa parte dela produzida aqui. O hotel me lembrou muito o hotel Explora na Patagônia Chilena. Foi lá que conheci pela primeira vez o que o mundo novo estava chamando de luxo. E aqui não é diferente. Há um mundo novo com relações sustentáveis em todos os níveis tornando-se bem real para quem realmente quiser fazer parte dele.


quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

O rio não gasta energia para fluir. Por que a gente gasta?

De ontem para hoje fiquei me questionando: existe uma fórmula para ser simples? A pessoa nasce simples ou ela se torna simples? Ou pior ainda: a gente nasce simples e complica conforme vai crescendo? O que eu sinto, apesar de não saber responder completamente aos questionamentos que eu mesma fiz, é que a simplicidade é também um estado de espírito. É fluidez, consciência e coração aberto. 

Deepak Chopra, no seu livro As Setes Leis Espirituais do Sucesso fala de uma certa lei do “mínimo esforço” ou da não resistência. Me parece ser esta uma boa forma de “treinar" a simplicidade em nossas vida. Para ele, esta lei é formada de três princípios: aceitação, responsabilidade e indefensibilidade. 

Na aceitação o exercício é de não lutar contra o momento que você está passando, e portanto, contra o universo. Isso significa colocar todo o seu coração para aceitar as coisas como elas são e não como você gostaria que fosse. 

A responsabilidade é a respeito da situação em que você se encontra: você é completamente responsável por ela. Ninguém é culpado, nem você mesmo. Não existe culpa na responsabilidade existe total entrega para assumir o que está sentindo e, desta forma, mudar o que sente.

E por fim, a indefensibilidade: desarmar seu espírito abrindo mão da necessidade de convencer e persuadir os outros a respeito do seu ponto de vista.

Só de ler os três princípios eu já sinto uma sensação de alívio e paz. Imagina se colocar efetivamente em prática esta lei! A verdade é que nós gastamos muita energia, justamente fazendo ao contrário disso: vivemos lutando contra o que estamos passando, sempre encontramos um culpado para tudo (principalmente culpamos a nós mesmos) e, finalmente, queremos ter razão o tempo todo. Com toda esta energia desperdiçada complicando tudo, como é que podemos fluir? 

No livro a Arte de Sonhar, Don Juan diz a Carlos Castañeda: uma grande quantidade de energia é usada para sustentar a nossa empáfia…Se conseguíssemos perder um pouco dessa empáfia, dois fatos extraordinários aconteceriam: liberaríamos essa energia que tenta preservar a noção ilusório de nossa grandeza e teríamos energia sobrando para vislumbrar a verdadeira grandeza do universo.


Parece difícil? Pois saiba que basta você estar consciente da forma como luta contra o momento, busca culpados para a situação e não se entrega ao ponto de vista do outro, sem querer convecê-lo do seu próprio. Pelo benefício que essas atitudes nos trarão, vale a pena tentar!

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Nem sinônimos e nem antônimos

Complexo ou complicado?
É uma das coisas mais comuns do nosso cotidiano: a gente quer tanto simplificar que acaba complicando. Tenho certeza que você vai concordar com qualquer um dos exemplos que eu possa dar. No mundo corporativo - já que estamos falando de exemplos - todo mundo reclama das reuniões improdutivas, super longas, em que nada se resolve. Passamos mais tempo nesses encontros do que produzindo. É quase  um mantra incial os pedidos para sermos objetivos e simplificar as questões, assim ninguém perde seu tempo. Duas, três, cinco horas depois….saindo da tal reunião, o combinado inicial já caiu no esquecimento. Não é diferente dos nossos encontros sociais: quando alguém combina com o grupo para fazer um encontro, uma "coisinha simples", pode ter certeza, vai complicar. Ou nos nossos relacionamentos: pequenos detalhes, muitas vezes, viram “cavalos de batalha”. 

Eu mesma para escrever este texto compliquei tudo. Passei a manhã toda em busca de referências. Quando me dei conta, estava numa padaria, com um livro do Fernando Pessoa, buscando uma poesia que explicasse a simplicidade. A sorte é que o escritor e poeta português, pelo jeito, não era dado as coisas simples. Sua escrita rebuscada, em português de Portugal, é bem complexa. O que me ajudou a entender a diferença entre complicado e complexo e simples e simplório. 

Aprendi com um amigo artista, habilidoso com as palavras, que a melhor forma de elucidar conceitos é consultando o dicionário. Então dei um tempo para esvaziar a minha cabeça e começar de novo. O dicionários diz assim: 

Simples é um adjetivo que significa muitas coisas, entre elas: que não é complicado; fácil; rudimentar. Desprovido de afetação; natural, modesto, espontâneo. Sem malícia; singelo, puro ou sincero.

Já simplório, desculpe o trocadilho, é mais complicado, pois além de adjetivo pode ser também, um substantivo masculino. Como adjetivo trata-se de uma característica do que é crédulo; que possui excesso de credulidade. Como substantivo é: pessoa que possui essa característica; tolo, ingênuo. Homem simples, ignorante. 

Complicado também é adjetivo e significa difícil de compreender. Que procura a dificuldade.

Complexo é adjetivo: que contém muitos elementos. Mas também pode ser um substantivo masculino: conjunto de coisas com relações entre si.

Mas o mais interessante: simples não é sinônimo de simplório. Já complexo, até pode ser sinônimo de complicado - mas a recíproca não é verdadeira. 


Isso me lembrou uma historinha que adoro. Estudei em um Colégio Franciscano e eles tinham uma propriedade onde passávamos o dia algumas vezes. Era um lugar lindo, um santuário a natureza, que chamávamos de “Rondinha”. Neste lugar também tinha uma espécie de Seminário (acho que os Franciscanos usam outro nome, mas confesso que não sei). Os frades, antes de se tornar freis passavam um tempo neste local. Lá vivia um frei muito sábio e era uma honra para os frades terem aulas com este senhor. Gosto de pensar que era como um padre ir ao Vaticano ter aulas com o Papa Francisco. Um dia chegou um grupo de de novos frades e, dois deles animados por conhecer tudo por ali, pediram ao jardineiro para levar as malas deles para dentro. O senhor já velhinho olhou para os dois fradinhos, sorriu, pegou as malas e levou para dentro. No dia seguinte, estavam todos ansiosos para conhecer o frei professor sábio. Qual não foi a surpresa para os dois frades quando descobriram que o tal jardineiro do dia anterior era o professor que eles tanto esperavam conhecer. Lição de humildade, certamente. E prova de que era sábio: simples, mas não simplório. Certamente complexo também, mas não complicado.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Simplicidade. Faça essa escolha no seu processo de desestruturação.

Há anos, numa época que a behavior trabalhava com consultoria em dados secundários, tivemos a demanda para realizar projetos em duas empresas com perfis totalmente diferentes embora os projetos tivessem objetivos similares. Uma das empresas procurava um grande modelo analítico e queria envolver toda a corporação, a outra, pediu para iniciarmos com um piloto, e quando sugeri chamar alguns parceiros de banco de dados para nos dar apoio, a líder do projeto me disse: "Aqui aprendemos que o melhor caminho a seguir sempre é do mais simples ao complexo. Vamos de excell neste momento".

Na época, bem jovem como era, achei estranho e devo confessar que o simples soou como simplório. Ledo engano. Adivinhem qual projeto foi para frente e se tornou uma grande fonte para a corporação?

Lembrei dessa experiência quando pensava no movimento humano desestruturação e os caminhos possíveis para seguir adiante. A resposta veio do Projeto Homens e é dirigido especialmente às mulheres mas neste caso acredito que sirva para todos: simplicidade

Como temos falado aqui, o movimento humano desestruturação está nos atingindo em cheio. E agora, que caminho seguir? Conectando sua mente ao seu Sentir (no Yoga se diz, o mental a serviço do Sentir) e iniciando seus próximos passos, passo a passo, de forma simples. Isso significa que você não deve complicar sua própria existência.

Tem usado muito a expressão o problema é que...?. Então pare, preste atenção e veja como você está reagindo às mudanças. Seja simples, escolha o simples. Todos temos problemas. Todos estamos atravessando momentos que nos desafiam em diversos aspectos de nossa vida. Ou você escolhe se complicar e tornar-se vítima ou você escolhe agir na simplicidade e ser protagonista deste teu momento. 

Lembrei agora uma outra situação que vivi no início da behavior: domingo, abro a porta da nova sala que viraria a ser a minha e vejo muitas caixas, plantas, móveis, tudo bagunçado. A vontade era fechar a porta e chamar algumas pessoas para me ajudar, ou talvez a arquiteta, ou talvez um amigo, ou... sair correndo. Pensei no tempo que iria perder e as coisas mais importantes que iria deixar de fazer para arrumar tudo. Mas ao invés disso respirei fundo fui num canto de costas para o resto e comecei a arrumar até, muitas horas depois, cheguei ao extremo oposto da sala com ela totalmente arrumada e pronta para começar minha nova semana de trabalho.

A semana passada a Isa já trouxe o simples no seu lindo post e iremos nos aprofundar mais sobre isto que iremos falar esta semana. Boa semana!