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sexta-feira, 20 de junho de 2014

Um amor que olha nos olhos

Fiquei a semana toda pensando se fazia sentido falar aqui de uma história de amor bem específica: o amor entre homens e seus cachorros. O questionamento era se fazia sentido falar deste assunto dentro do projeto Movimentos Humanos. Hoje tive a resposta. Estava passando em uma praça quando vi um bulldog se soltar do seu dono e vir correndo em minha direção. Pesadão e desajeitado, como são os cachorros dessa raça, não tive nem tempo de me desviar das suas patas que pegaram em cheio a minha roupa. Resumindo: fiquei suja de lama da cabeças aos pés com a empolgação de um cachorro que, aparentemente, nunca me vira antes. No entanto, parece que já éramos velhos conhecidos. Simplesmente me abaixei e fiz um carinho nele. O dono do cachorro ficou constrangido quando viu o meu estado, mas eu disse a ele que não havia o menor problema. Aquele era um encontro especial. A resposta que eu precisava: sim, vamos falar sobre este amor!

Um dia, assistindo a um programa na National Geographic, ouvi a história de que os cachorros, lá na pré-história, eram lobos com algo que os diferenciava. Eles encaravam os homens. O homem das cavernas começou a perceber esta distinção, e aos poucos, esses lobos se aproximaram dos humanos e começaram então, uma relação mais próxima, pois caçadores que eram, os primatas, entendiam que havia algo especial ali, já que nenhum outro animal na natureza os olhavam nos olhos. Segunda esta história foi assim que nasceu o amor do homem pelo cachorro e vice-versa. Nos tempos atuais, como toda relação, esta também sofre consequências estranhas, fazendo com que muitas pessoas tenham uma afinidade não saudável com seus animais - tratá-los como filhos por exemplo. De qualquer forma, é inegável que este amor traz muitas lições que aquecem nossos corações. 

Coincidência ou não (acredito que não!) esta semana li a história de um menino de 6 anos que explicou aos pais porque os cachorros têm uma vida mais curta do que os humano. O garoto chamado Shane disse: 

Eu sei porque! As pessoas nascem para aprender como ter uma boa vida – como amar todo mundo o tempo todo e ser bom, certo? Bem, os cachorros já sabem como viver assim, então eles não precisam ficar por muito tempo.

Essa explicação é tão linda quanto o poema de Olavo Bilac chamado Plutão. Este poema foi musicado pelo pessoal do Palavra Cantada, muito anos atrás, quando havia um programa na TV Cultura, chamado Rá-Tim-Bum (não confundir com o Castelo Rá-Tim-Bum da mesma emissora e tão maravilhoso quanto!). Toda fez que eu mostro este poema/música para alguém, a tendência é a pessoa achar a história muito, muito triste. Eu acho a história maravilhosa. O amor deste cachorro pelo se pequenino dono é uma lição para qualquer um de nós. 

E você? O que acha? 





quarta-feira, 18 de junho de 2014

O amor sempre começa dentro de nós

Uma das formas de amor é o amor por si mesmo. Sem dúvida essa é a primeira e original forma de amar, afinal, é impossível dar ao outro aquilo que nós mesmos não temos. 

A verdade é que muitas vezes confundimos o amor com outros sentimentos e emoções e complicamos aquilo que deveria ser natural. Louise Hay, escritora de livros motivacionais e fundadora da Hay House uma casa de publicações literárias e também palestrante e professora de metafísica, diz o seguinte: 

“Não importa quanto amor se dê aos outros. Se não amarmos a nós mesmos, ninguém vai nos amar o suficiente. Se temos um relacionamento com uma pessoa que não possui amor próprio, ela nunca vai se satisfazer com o nosso amor, porque não está dando amor a si mesma". 

Nós nascemos fontes de amor, mas conforme crescemos, vamos bloqueando esta luz com nossas crenças limitadoras e começamos a acreditar que não somos bons o suficiente, que fazemos coisas erradas, que somos mau, que não somos dignos de amar e ser amado. 

Tudo que nos afasta do amor, no entanto, está na nossa mente e não no nosso coração. Portanto não existe nenhum milagre. Para conseguirmos amar a nós mesmos é preciso entrarmos em contato com o nosso próprio sentir, com o que verdadeiramente somos e não com aquilo que nossa mente diz que somos. 

É, sem dúvida, um exercício difícil, contínuo e de muita atenção. Mas se exercitado com frequência, vai ficando cada vez mais natural. A maioria das vezes passa por jogarmos todo o lixo que acumulamos dentro de nós fora, como limpar uma casa. Cômodo por cômodo, crença por crença. 

Um exercício para começar a identificar o amor por si próprio é dando atenção aos seus pensamentos. Fique consciente às críticas mais bobas que você faz consigo mesmo no dia a dia. Pensamentos como “ah que burra que eu sou” ou “é muita areia para o meu caminhãozinho”. São com essas pequenas bobagens que vamos minando o nosso amor. Toda vez que se pegar em uma auto crítica pense na hora em algo que você faz muito bem. Repita isso para você quantas vezes for necessário.


Quem ama a si, de forma equilibrada e verdadeira, certamente tem muitas histórias lindas de amor para contar.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Toda forma de amor

Semana passada compartilhei em minha página pessoal do facebook uma lição de amor que li na fanpage da Morena Chic. O texto, na íntegra, é o seguinte:

"Ele tem 80 anos de idade e toma café da manhã todos os dias com sua esposa.
Eu perguntei: por que sua esposa está em casa de repouso?
Ele disse:
- Porque ela tem Alzheimer (perda de memória).
Eu perguntei: a sua esposa se preocupa e sempre te espera para ir tomar café com ela?
E ele respondeu:
- Ela não se lembra... Já não sabe quem eu sou, faz cinco anos, já não me reconhece.
Surpreso, eu disse:
- E ainda toma café da manhã com ela todas as manhãs, mesmo que ela não te reconheça?
O homem sorriu e olhou para os meus olhos e apertou minha mão. Em seguida, disse:
"Ela não sabe quem eu sou, mas eu sei quem ela é".

Diversos amigos se manifestaram, emocionados, a respeito desse relato tão comovente e então surgiu o tema da semana. Vamos falar de amor? Aquele amor que aquece a nossa alma, que faz a gente acreditar nas pessoas e na evolução da humanidade. Basta amar, profundamente, verdadeiramente, de todo o coração.

Convido aqueles que quiserem compartilhar suas histórias de amor, qualquer forma de amor, a nos contar para que possamos incluí-la no blog durante o decorrer da semana.


Que tenhamos todos dias de muito amor!
Boa semana.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Amor incondicional é uma roda mágica

Dizem que o amor de  mãe pelo filho é a forma mais completa de amor incondicional. Como mãe de um único filho, posso dizer que experimentei, de fato, uma forma de amor completamente nova a partir do nascimento do pequeno Pedro. Antes, quando ele ainda estava sendo gerado dentro de mim, eu sentia algo diferente, mas não sei definir exatamente se era amor. É por isso que eu acredito que o amor é algo que cresce. 

É uma mágica o que acontece nos primeiros meses em companhia de uma criança gerada por você. O dia a dia é tão intenso, o trabalho braçal é insano e ainda tem toda a carga emocional e todos receios vindo à tona num mesmo momento. Mesmo assim, de repente, você se dá conta que está completamente inundada por um sentimento infinitamente novo.

É algo que não tem como se preparar. Sempre falo para as minhas amigas grávidas que não existem palavras para o que elas vão sentir daqui alguns meses.  É explosão de amor, uma coisa tão vibrante, intensa. Mas não é avassaladora. É paz. Esta é a grande diferença. Não há dor neste amor e isso é simplesmente envolvente. Essa sensação ficou tão registrada em mim, que consigo me lembrar com perfeição dos dias em que me dei conta desse amor. Lembro do clima, dos cheiros, de todas as percepções. É divino, sem dúvida. 

Era tudo tão novo que eu me perguntava, se este amor é tão incondicional, porque temos tantos problemas a resolver com nossos pais? Tantas neuroses nascem deste relacionamento? Psiquiatras passaram a vida tentando explicar esta complexa relação. Eu tinha uma visão equivocada deste tipo de amor, pensando que ele deveria ser perfeito e, portanto, a qualquer cenário de imperfeição, começava a acreditar que não era o tal amor incondicional que tanto se alardeava.

Foi ai que aprendi algo sobre o amor, através das palavras de dois escritores americanos, Hugh e Gayler Prather,  que também foram conselheiros matrominiais e casados durante décadas. Eles escreveram diversos livros juntos e dizem assim: “É verdade que amar cura, mas receber amor não. Receber amor apenas mantém a porta aberta para a cura, para a felicidade e a realização, para a satisfação das necessidades. Mas para atravessar essa porta, é preciso amar. Se receber amor curasse alguém, todas as criaturas seriam perfeitas, pois têm e sempre vão ter o amor de algo maior.”

Por isso hoje penso diferente: amor simplesmente é. Mas é preciso estar alerta. O amor sozinho não é suficiente. É preciso praticar o amor. É preciso cultivar o amor. Libertar. Ele não pode existir no medo ou no seu desejar. Muito menos pode acontecer pelo ego. Pois isso não é amor. Dizer que se ama loucamente uma pessoa ou ama de doer é algo impossível de acontecer. O amor é exatamente o antídoto para estes desespero desenfreado. Por isso é preciso cuidar como se fosse uma planta que nasce frágil e torna-se forte com os cuidados e o passar do tempo. 

Amo incondicionalmente meu filho, mas não vivo no paraíso. Sei que, o meu amor, não o salvará de nada. Muito pelo contrário. E por tanto amar é que tento ensiná-lo que o mais importante é ele trilhar o seu próprio caminho do amor. Isso pode nada ter a ver comigo, mas assim, liberto seu coração e me liberto. Por isso, amo. É uma roda mágica.


Pedroca e eu em Kopenhagen anos atrás.