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sexta-feira, 27 de junho de 2014

Ser exatamente quem somos é a chave que abre esta porta



Acordei hoje com uma "pulga atrás da orelha": apesar da mulher atual ser tudo que ela é hoje (fortona, destemida, batalhadora e todas as características citadas no tema da nossa semana) ainda assim, a maioria de nós, não aprendeu a ter auto-estima. E sem ela....não há solução. 

Não importa se você estudou muito, se rodou o mundo, se é presidente de multinacional, se tem tudo que sempre sonhou. Se o seu coração não está em paz com quem você verdadeiramente é, nada vai funcionar. Auto-estima é coisa delicada. É difícil reconhecer, debaixo de tantas vestimentas e máscara, quem realmente se ama e se reconhece de fato. Sei que os homens também sofrem da mesma coisa - não é um mal feminino, mas a sensação que tenho é que com a mulher este assunto ainda é mais intenso e presente.

Auto-estima, não tenho dúvida, é coisa que começa se estabelecer em casa, na criação. Não é apenas o elogio que leva a auto-estima, mas a honestidade de ser destacar as boas qualidades e não valorizar potencialmente os defeitos.

Aliás…o que é defeito? Fico pensando nisso sempre que vou fazer entrevistas de emprego e me pedem para citar as minhas qualidades e os meus defeitos. Sempre acabo confusa porque, no fundo, acho meus defeitos qualidades e minhas qualidades, muitas vezes, soam como defeitos. Portanto temos que aceitar as pessoas como elas são. 

Se falamos sobre a incrível geração de mulheres que foram criadas para ser tudo que os homens não querem, faço um apelo àqueles que criam seus filhos: os aceitem. Mais importante do que criar mulheres para enfrentar um mundo novo e homens para serem vencedores, nós precisamos muito de seres humanos com a auto-estima equilibrada e, acreditem, os pais são fundamentais para que isso ocorra. 

Fecho a semana inteiramente convencida que mais importante do que ser uma mulher moderna ou um homem contemporâneo, precisamos ser nós mesmos.

Deixo para vocês um vídeo que assisti hoje e que fala deste assunto. Muito interessante. Está em inglês, mas é fácil de entender. A diretora do vídeo pede para as pessoas fazerem coisas como "uma garota". Olha a diferença na reação entre as mulheres adultas e as meninas. Esta atitude das jovens meninas é que não pode sumir ao longo do tempo! É disso que estamos falando!




Um final de semana de muita luz para todos nós.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

A prática torna tudo mais fácil. Até mesmo o equilíbrio na relação a dois!

Ontem foi um dia exaustivo para mim - tanto emocional quanto fisicamente. Acordei muito cedo, me preparei para uma entrevista importante e, no meio disso tudo, recebi duas notícias que me abalaram. Além disso eu sabia que teria uma agenda cheia no período até à noite.

Não estava fácil e no meio do dia eu já estava tão cansada que fui tomada por um mau humor sem tamanho. Quem me conhece sabe que dificilmente eu fico mal humorada. Mas sei bem que quando a gente está assim, costuma descontar na pessoa que está mais próxima e tentando te ajudar. Quem estava comigo era o meu companheiro de 8 anos. Ele me acompanhou na entrevista apenas para me dar apoio moral e ficou mais de uma hora passeando pelo shopping a minha espera. Isso porque ele tinha feito um treinamento de trabalho na noite anterior e praticamente não havia dormido. Mesmo assim soltei os cachorros nele. 

À noite, depois de toda agenda cumprida, estava sozinha em casa, e muito chateada por ter brigado com ele. Comecei a refletir: sem dúvida eu não tinha motivos para brigar com ele, mas por outro lado, se ele me conhece bem (e conhece) sabe que eu não sou assim. Então também não devo brigar tanto comigo mesma. Foi só um dia difícil. Respirei fundo e liguei para ele. Sem dramas, nem desculpas pedi. Apenas conversei e ele, vendo que eu estava mais calma, falou comigo calmamente, colocou o ponto de vista dele e nos entendemos. 

Não foi sempre assim. Em outros tempos, nem tão distantes assim, um dia como o de hoje teria gerado um estresse e uma briga que duraria pelo menos uns 4 dias. Ele estaria com cara emburrada, eu me penitenciando por ter sido um “monstro”. Mas a maturidade chegou e isso fez muito bem para a nossa relação. Agora a gente não quer mais ter a razão. Eu não quero mais que ele entenda o quanto a minha vida é dura e como é difícil cumprir todos os meus papéis: de mãe, dona de casa, profissional, amiga e blá blá blá. E ele não que me convencer que o problema é a minha arrogância de mulher moderna. Nos aceitamos e, principalmente, nos amamos, verdadeiramente. Ouvimos o que temos a falar e nos acolhemos. Amanhã pode ser ele que esteja de mau humor e assim, compreendemos que todos têm direito a um dia ruim. Bom mesmo é saber que conseguimos chegar neste equilíbrio. 


A escritora Elizabet Kantor escreveu recentemente um livro entitulado A Fórmula do Amor, onde ela usa as personagens de Jane Austen (autora, entre outras obras, de Orgulho e Preconceito) para explicar as diferenças no 

“vamos usar nossa especialidade natural em relacionamentos para abrir nosso caminho no campo minado das vulnerabilidades de homens e mulheres até um lugar onde ambos possam ser felizes”. 

Isso é um conforto quando colocado verdadeiramente em prática!

terça-feira, 24 de junho de 2014

Mas, afinal, qual é a mulher que o homem quer ter ao seu lado?

Desde a semana passada está circulando pelas redes sociais um texto da Ruth Manus, publicado no Blog do Estadão e que, segundo o próprio jornal, já foi compartilhado por mais de 700 mil pessoas. O assunto o próprio título entrega: "A incrível geração de mulheres que foi criada para ser tudo o que um homem NÃO quer”.  No relato sincero e fiel ela descreve a mulher que ela é que, provavelmente, o incrível número de pessoas que interagiu com o texto, também é. Somos, como temos falado ao longo da existência do projeto Movimentos Humanos, a mulher que ela relata já no início do seu texto: 

“Ela tem que trabalhar e estudar muito, ter uma caixa de e-mails sempre lotada. Os pés devem ter calos e bolhas porque ela anda muito com sapatos de salto, pra lá e pra cá.

Ela deve ser independente e fazer o que ela bem entende com o próprio salário: comprar uma bolsa cara, doar para um projeto social, fazer uma viagem sozinha pelo leste europeu. Precisa dirigir bem e entender de imposto de renda.

Cozinhar? Não precisa! Tem um certo charme em errar até no arroz. Não precisa ser sarada, porque não dá tempo de fazer tudo o que ela faz e malhar.

Mas acima de tudo: ela tem que ser segura de si e não querer depender de mim, nem de ninguém.”

Qual mulher não se identifica com ao menos uma ou duas características apresentadas neste descritivo? E lá vamos nós falar novamente sobre os conflitos que se inicia, muitas vezes, por conta do que somos hoje para a sociedade. Ao longo do texto ela expressa o outro lado desta mesma moeda e diz assim: 

"Mas, escuta, alguém  lembrou de avisar os tais meninos que nós seríamos assim? Que nós disputaríamos as vagas de emprego com eles? Que nós iríamos querer jantar fora, ao invés de preparar o jantar? Que nós iríamos gostar de cerveja, whisky, futebol e UFC? Que a gente não ia ter saco pra ficar dando muita satisfação? Que nós seríamos criadas para encontrar a felicidade na liberdade e o pavor na submissão?"

Nós do Movimentos Humanos ficamos felizes quando esta discussão ganha a proporção que este texto tomou, pois é a prova do quanto o ser humano precisa e quer debater o assunto. É desta reflexão que conseguiremos caminhar para frente: entendendo e assegurando o papel da mulher no mundo, mas compreendendo as consequências que impacta a sociedade como um todo, incluindo o próprio feminino.

A solução para encontrar um ponto de equilíbrio entre a mulher que somos hoje e o homem que consegue entender e acompanhar esta mulher só pode passar pelo diálogo, pelo amor e pela boa vontade de todos os nós. Vamos falar sobre este assunto, mais uma vez, esta semana. 

Post do jornal O Estado de São Paulo falando
sobre a crônica que inspirou a discussão da nossa semana