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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Presença e consciência é o segredo


Esta semana nós nos perdemos no mar das obrigações e rotinas e acabamos não atualizando o blog. Resolvi fazer dessa distração um tema, pois por trás disso existe um grande aprendizado: o de estarmos presentes (ou não) em nossas intenções. Porque não há nada mais fácil neste mundo do que se perder e se deixar levar. Quando nos damos conta o dia já passou, a semana acabou, o mês voou e amanhã já é ano novo. 

Neste ciclo inconsciente começamos a reclamar: do calor, do frio, da falta de tempo, da falta de água, do cansaço, do outro que está ao nosso lado. Pequenos pontos de frustrações que vão se somando a muitos outros. Aí começa aquela coisa de que a energia está pesada, a vida está difícil, o Brasil não tem jeito, o mundo vai acabar. Já sabe o que vem a seguir, né? O medo ganha terreno fértil para crescer e teorias da conspirações malucas começam a fazer todo sentido. Mas como romper este ciclo tão pouco saudável? 

Antes de responder paro um minuto de escrever, olho para um cardápio de sobremesas que está na minha frente, respiro. Estou num restaurante cheio, numa sexta-feira de muito calor em São Paulo. O lugar é super gostoso, mas creio que as pessoas não percebam nem metade dos detalhes que há no ambiente. A velocidade aqui dentro é a mesma que agita a cidade inteira. Alguns são apenas amigos se encontrando, outros aproveitam o almoço para fechar mais um negócio. O mesmo deveria estar acontecendo comigo: almoçaria com um amigo para falarmos de um possível trabalho. Ele teve um imprevisto e acabou não chegando ao restaurante. Eu decidi aproveitar para escrever ao menos um texto para o blog. Deu, finalmente, uma brecha! Está aí a resposta: a vida não pode ser uma brecha e, não sei quanto a vocês, mas eu não quero viver de pequenos despertares. Consciência, serenidade, confiança e muita paciência para recomeçar quantas vezes for preciso. Um dia, tenho certeza, quebraremos o ciclo. 

Volta a atenção para o cardápio, passo o olho pelas opções de sobremesa, me vem logo o desejo de pedir o brigadeiro com farofa de biscoito. Mas pensando bem....eu gosto muito mais de torta de maçã do que de brigadeiro! Especialmente se a massa é de castanha de caju! Peço a torta e penso: por que a gente sempre deseja primeiro o brigadeiro? Lembro da necessidade de estar presente e consciente. Respiro novamente. É simplesmente isso.

Um ótimo final de semana presente e consciente para todos nós.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Todo povo tem os políticos que merece


Nos meus tempos de faculdade eu era engajada na política estudantil. Gostava do assunto. A democracia brasileira ainda estava engatinhando nesta época e, inexperientes no assunto, a grande maioria dos brasileiros caiu no conto de uma nova esperança com o Fernando Collor de Mello. 

Com o passar do tempo fui me desencantando com a política estudantil e com a democracia brasileira. Até o dia que cheguei a conclusão de que, numa democracia, “o povo tem o político que merece”. Afinal, nós votamos. Apesar disso, nunca perdi a fé no Brasil. Fico muito triste quando vejo as pessoas falando mal do país e dizendo que queriam mesmo era se mudar daqui. Para mim, isso chama-se fugir. Pode ser uma visão ingênua, mas eu realmente acredito naquela parte do nosso hino que diz “um filho seu não foge a luta”. 

Esta semana eu conversei com a moça que trabalha aqui em casa sobre política. Ela disse que não ia se dar ao trabalho de sair de casa para votar. Depois de muito falar acho que a convenci do contrário. Assim espero pelo menos. Ontem não vi o último debate, pois estava meio desanimada com o assunto.  Mas a timeline do facebook me atualizou logo cedo. Meu coração ficou bem apertado e, confesso que por alguns minutos, cheguei a achar que rede social é coisa das sombras. As pessoas ficam raivosas, totalmente fora de si quando postam suas opiniões. Perdem a compostura mesmo. E para mim, assim, tudo perde é o sentido. 


Depois lembrei do hino (um filho seu não foge a luta) e resolvi orar. Sim, escrevi certo. Resolvi orar pelo Brasil e para que “deus” ilumine seus compatriotas (não dizem que ele é brasileiro?). A verdade é que a minha oração serviu para reafirmar as minhas convicções. Eu não acho, ao contrário da maioria dos meus amigos – reais ou virtuais - que o Brasil esteja pior do que estava há duas, três décadas, quando éramos iniciantes na democracia. Pode não estar assim tão melhor, mas acredito numa leve e gradual evolução. Por que não acreditar? Mas precisamos de lucidez na hora de votar. Boas eleições. Com foco e com consciência.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Otimismo ou Inocência - a diferença está no quanto conscientes estamos


Otimismo é uma das características de quem enxerga o lado bom das situações. Pode ser confundido com inocência, mas esta semana aprendi bem a diferença entre ambas. 

Inocente é alguém que realmente não sabe, está no inconsciente. Já o otimista, sabe, entende as consequências e ainda assim, consegue enxergar algo bom em qualquer situação. 

Voltaire escreveu um conto chamado Cândido ou O Otimismo (Candide, ou L’Optimisme) em que o personagem principal, no caso, o próprio Cândido, passo por uma infinidade de atrocidades e mesmo assim, consegue ser um otimista. Num diálogo um outro personagem pergunta a Cândido o que é otimismo e ele responde:

“É a mania de sustentar que tudo está bem quando tudo está mal”

Adoro esta definição, mesmo com toda a ironia nela existente. Só alguém muito consciente do que se passa consigo mesmo e com tudo ao seu redor é capaz de entender com tanta lucidez o significado do otimismo assim, sem rodeios ou poesia. 

Por outro lado, para um pessimista é quase impossível compreender tal afirmação, afinal, até o que é bom é ruim. Esta semana, por diversas vezes, percebi isso. Dizem que as pessoas muito inteligentes são pessimistas em potencial, pois enxergam com maior clareza a situação real e por isso mesmo, são mais céticos. 

Pois eu não concordo com esta afirmação. Creio que enxergar os fatos com lucidez e ainda assim se manter otimista é a verdadeira inteligência. E mais uma vez estamos falando de um exercício contínuo para enxergar que tudo tem, no mínimo, dois lados e cabe a você decidir qual quer seguir. 

No final do conto de Voltaire tem uma outra frase maravilhosa que diz assim: “Todos os acontecimentos estão devidamente encadeados no melhor dos mundos possíveis (…)”. É ou não é?

quarta-feira, 11 de junho de 2014

O positivo e o negativo: duas forças que me atraem

Desde que comecei a escrever para o Movimentos Humanos algo muito interessante acontece: muitas vezes estou trabalhando sobre um tema e, quando vejo, algo em minha vida vem colocar a prova aquilo que estou dizendo e, portanto, que acredito. 

Estou dizendo isso hoje, pois no meio do tema positividade, proposto para esta semana, o que me acontece? Estou num momento em que está difícil olhar o lado bom das coisas. Tenho trabalhado com afirmações positivas, acreditando no que dizem os neurolinguistas, mas realmente está sendo difícil trazer um tom de convicção para o que estou me propondo a fazer. Muito interessante, pois isso me lembra uma frase que falava muito no passado: “ser zen meditando no Himalia é fácil, quero ver ser zen aqui, na rotina do dia a dia”

Consciente que estou sobre a questão, tenho me esforçado. Percebo padrões e crenças invadindo meu pensamento o tempo todo. Não estou indo contra elas, usando um conselho que aprendi muitos anos atrás: alimente o pensamento com um pouco de alpiste e depois veja-o voando como se fosse um pássaro livre. Quem me ensinou isso não foi um neurolinguista e nem um grande especialista em coisa nenhuma. Foi uma pessoa simples, mas para mim, funciona. 

Uma coisa interessante eu percebo: quando consigo fixar o pensamento positivo por alguns minutos sou invadida por uma sensação de bem-estar. É químico, embora não esteja tomando nada de remédios ou algo do gênero. Ficou surpresa ao pensar que é só pensamento mesmo!

O fato de ter uma força negativa atuando com um imã me faz entender muito bem a tal “força do pensamento”. É legal, mas vejo como não é fácil. Se não estivesse numa semana de total atenção ao assunto, acredito que estaria passando por um momento bem delicado, uma quase depressão. 


Mas estou suportada e orientada por um universo todo de pensamentos positivos e muito amor. Por isso, mais do que nunca, posso afirma: mantenha uma atitude positiva, veja as oportunidades, tente reclamar menos e agir mais. Por mais difícil que possa ser no início, vai valer a pena o caminhar.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Não se trata de vítimas e vilões

Ontem buscando conteúdo para o nosso tema me deparei com a seguinte pergunta: 

“qual das seguintes afirmações é mais parecida com seus pensamentos: tem gente querendo me prejudicar ou estão todos dispostos a ajudar”

Fique surpresa ao responder tão rápido que a primeira afirmação está mais próxima do que penso. É surpreendente como agimos: racionalmente sabemos que as pessoas não querem nos fazer mal, pois salvo raras exceções, ninguém veio ao mundo para prejudicar o outro. 

 Mas numa avaliação rápida vi como é fácil se perder desta verdade. Quantas vezes nos sentimos magoados com pessoas achando que elas não fizeram por nós o que eu faríamos por elas ou ainda, que quiseram puxar nosso tapete. 

Eu vivo dizendo que tudo que acontece comigo é unicamente responsabilidade minha e que o resto é só teoria da conspiração, ou seja, uma grande bobagem. Mesmo assim, ao me deparar com essa pergunta, percebi como nossos pensamentos, palavras e ações, quando inconscientes, são fragmentos de nossas verdades. 

Fiz então o exercício contrário, quantas pessoas não devem estar ou estiveram chateadas comigo achando a mesma coisa e eu nem faço ideia. Concluí então que não tem outro jeito a não ser o diálogo. Ele, sempre ele! E a amorosidade. Claro que não vai dar para sair por aí perguntando para todo mundo se, alguma vez, a pessoa se sentiu prejudicada por algo que fiz (ou que não fiz). Mas sempre é preciso fazer isso com as pessoas próximas. Não se trata de discutir a relação. Trata-se de amor, de entendermos que todos nós estamos fazendo o nosso melhor. 

Não há vítimas e vilões e sim, seres humanos tentando acertar, evoluir e crescer. A beleza, insisto, está no amor, na generosidade, no respeito e no andar consciente. Pode parecer muita coisa, mas é só uma questão de se manter no centro da sua vida e tudo isso fluirá sem peso. É nisso que acredito.