
Associei a figura do meu pai ao tema da semana porque lembrei do dia de seu velório, em julho deste ano. Muitos colegas do Tribunal de Justiça foram lá se despedir dele. Advogados de grandes escritórios do Paraná e com nomes de reputação também estiveram lá. Um deles, amigo antigo do meu pai, chegou a fechar o escritório naquele dia, dando folga a uma grande quantidade de advogados que trabalham com ele, numa linda homenagem ao amigo. Também estavam presentes muitos juízes mais jovens e outros funcionários que trabalharam uma vida inteira ao lado dele.
Aqueles senhores sérios, nos seus ternos formais, me fizerem amar ainda mais o meu pai. Isso porque todos sabiam o meu nome e dos meus irmãos, sabiam o que nós fazíamos da vida e conheciam detalhes da dinâmica familiar. Prova de que meu pai, mesmo no ambiente público, era ele mesmo, o "Alfredão" e o "vorinho" como o chamávamos em casa. Todos foram muito carinhosos conosco e simplesmente falaram palavras lindas a respeito dele. Maravilhoso saber que ele conseguiu, apesar da vida pública num ambiente bem formal, ser ele mesmo. Não é à toa que um dos meus sobrinhos tatuou no braço a seguinte frase: "Porque havia tanto brilho em seu olhar, mais do que seu neto me tornei seu fã".
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