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terça-feira, 13 de maio de 2014

O guerreiro pacificado e a volta dos valores mais elevados. Da teoria, à realidade.


Esta semana vários temas vieram no meu pensamento para pautar a reflexão desta semana e decidi pela onda de barbárie que temos visto nos últimos meses que, entendo, refletem o momento que a sociedade está vivendo: o finzinho do modelo antigo, e paralelamente o nascimento de modelos novos. Assim mesmo, no plural.

Muitos me dizem que nunca esteve pior... devo informar que sim já esteve, como sociedade estamos melhorando ao longo dos séculos. Crimes horrendos sempre existiram, mas hoje com a vida em tempo real, te acessando por diversos canais parece que tudo ficou mais potente.

Como sociedade andamos numa espiral ascendente, mesmo que pareça que estamos voltando para atrás na realidade estamos subindo, aprendendo e evoluindo. O movimento me lembra o trem que deixa Cuzco em direção a Macchu Picchu, no meu país Peru. Quem fez essa viagem sabe do que estou falando: num determinado momento o trem dá ré várias vezes para poder subir a montanha em curvas com cotovelos bem estreitos. Pode parecer que o trem está voltando, mas na realidade ele está subindo, subindo, subindo.

Tenho compreendido que quando grandes mudanças se instalam e novas estruturas começam a se formar, a resistência dos que valorizam o passado se torna mais contundente. O novo faz muitas pessoas andarem na trilha do medo. E como já refletimos aqui, o medo é terreno fértil para nosso lado sombrio tomar conta de nós.

Eu sempre prefiro apostar na nossa luz, não porque eu seja uma poliana resistente, mas porque quase 30 anos de pesquisa, ouvindo e estudando seres humanos, me comprovaram que as pessoas, nas sua imensa maioria querem optar pelo bem. Quando não o fazem, muitas vezes, é porque crêem que é necessário se proteger. Perderam a confiança. A dor causa isso de forma contundente. Para eles, amor para reconstruir a confiança. Amor lúcido: o amor que consegue enxergar toda a sombra e sua força, se defende, mas o faz na paz. É a arma do guerreiro pacificado.

E é este guerreiro pacificado que vejo surgindo de forma consistente na sociedade. Há, não tenho nenhuma dúvida, um desejo genuíno e consolidado de busca por valores mais profundos. A visão de mundo do que é bom, do que deixa uma vida feliz, mudou. Por fim, mudou.

Muitos de nós continua agindo no modelo antigo por inércia. Por incapacidade de saber como agir diferente. Alguns, vejo, parecem que acentuaram sua sombra, como se fosse uma resistência à mudança, que os domina e não conseguem controlar, superar. Muitos já estão se organizando para fazer a mudança que lhes permita viver de forma mais coerente com o que vem sentindo. Outros, simplesmente começaram a andar em direção ao novo. Sem tantos planos. O movimento humano é de andar.

Por causa de essa busca de valores mais nobres tenho lembrado de um entrevistado que tive em 2006. Um homem com uma história linda de vida, construiu sua fortuna no varejo começando aos 11 anos de idade e hoje conta com um grupo forte no nordeste. Histórias que este Brasil que empreende é capaz de produzir. Ele me disse, na época, nunca tinha visto tanto furto pequeno nas suas lojas. Antes, me dizia, que as pessoas tinha vergonha de roubar, mas hoje não. "Quando o líder de alguma forma menospreza o roubo, o furto, a contravenção; a vergonha se perde". Pode parecer loucura mas é graças a essa perda de vergonha que estamos vivendo - e todos os efeitos que dela recorre - que por fim decidimos que não queremos mais o modelo antigo e estamos nos focando em valorizar valores mais nobres.

A sujeira está batendo no nosso quintal. Não está mais exclusivamente na cidade, na sociedade, no país; no nosso imaginário mas que aparentemente, não toca a nossa vida. Era confortável pensar desintegradamente e assim, por consequência, não assumir responsabilidades. Mas quando a barbárie começa a nos ameaçar, algo há de se fazer. A história mostra que sempre reagimos. O novo é que, uma boa parcela da classe média (alta e baixa), especialmente, está optando por reagir como guerreiro pacificado. Especifico essa classe econômica porque é ela que gera as mudanças.

Boa semana a todos!   



sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

"Cada um de nós carrega o dom e ser capaz e ser feliz"

Pronto. Todas as mudanças que tinham que ser feitas, neste momento na minha vida foram concluídas. Não há mais ao que renunciar, se arrepender o ter medo. Agora é hora de aproveitar, descansar e esperar pelo novo mundo que se abre para mim. Estou empolgada, animada, feliz com a possibilidade de deixar o novo entrar. Tenho certeza que tudo será muito recompensador.
Hoje só tenho isso a dizer e gostaria de deixar um música do Almir Sater, na bela voz de Maria Bethânia e que traduz muito a maturidade de quem entende como as mudanças são fundamentais em nossas vidas.
Fiquem em paz e sejamos completamente abertos ao novo no ano que virá!




quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Planejamento com brechas para o novo. Isso dá certo!

Esta é a época do ano que mais se fala em planejamento. As empresas enlouquecem organizando suas verbas para o próximo ano, as pessoas fazem planos e promessas de coisas que desejam. 

Este é um ano em que esta história de planejamento ficou mais perto de mim do nunca. No processo de coaching que estou fazendo este é o exato momento em que tenho, numa linha do tempo, que planejar minha carreira para os próximos 6 meses, 2 anos, 5 anos, 15 e 20 anos.  E com riqueza de detalhes! Para me ajudar a fazer este trabalho, tem um roteiro com milhares de perguntas racionais e emocionais: desde de como eu pretendo guardar dinheiro para quando me aposentar até quais sãos meus sonhos e como pretendo realiza-los. Empaquei nesta linha do tempo. Nunca fui de me planejar neste grau de detalhes. Me considero uma pessoa intuitiva e que costuma mais ouvir o coração. Todas as oportunidades que tive, até hoje, vieram sem que eu fizesse um projeto detalhado para isso. Não estou dizendo que foram sem esforços ou sem que eu trabalhasse para que elas acontecessem, mas realmente não sei colocar no papel exatamente aquilo que quero que aconteça.

Tenho uma amiga que faz isso com maestria. Não só com a carreira dela, mas com todas as outras partes da vida. Por exemplo, a viagem de férias dela e da família, de 2015,  já está comprada e roteirizada. Não, não errei. É a de 2015 mesmo. A de 2014 então....já é até coisa do passado sem ainda ter sido. 

Me divirto ouvindo ela contar sobre isso. Mas sempre falo, para ela inclusive, que eu gosto da surpresa. De chegar num lugar e encontrar coisas que não li antes e que não sabia que existia. De novo: não significa que não faça algum planejamento, mas deixo brechas para o novo, muitas brechas.

Uma das melhores viagens que fiz, foi há uns 3 anos atrás para a Europa, com meu filho (na época com 14 anos) e meu sobrinho (com 18). Foram 25 dias, com os lugares por onde íamos passar definidos e alguns passeios que realmente já foram organizados aqui do Brasil. Mas tivemos diversas passagens surpresas que é o que mais lembramos e gostamos. Por coincidência, duas delas aconteceram em Lisboa. 

Um dia, já no fim da  tarde, voltamos de metrô para o hotel e paramos numa estação antes da que deveríamos. Tivemos que atravessar todo o parque Eduardo VII que é enorme. Era verão e o calor batia lá na casa dos 37 graus. Estávamos exaustos e então, no meio do parque, o sistema de irrigação automático começou a funcionar. O meu filho colocou o pé na água e olhou para nós. Meu sobrinho fez o mesmo. Foi quando decidi deitar no chão e me molhar, tal e qual a grama que ali estava. Os dois fizeram o mesmo e lá ficamos nós tomando “banho de magueira” - como se diz na minha terra. Foi bom demais aquela sensação. Passamos meia hora deitados, nos refrescando e vendo o céu azul. Voltamos para o hotel em estado de graça.

Em um outro dia, nos perdemos ao voltar de uma loja de departamentos e quando conseguimos nos "achar" já era bem tarde. Fiquei preocupada porque os meninos estavam com fome, mas aquela hora seria difícil encontrar algum lugar para comer. Foi quando olhei, no alto de uma pequena montanha e vi uns janelões de vidro e um lindo gramado. Falei para os garotos que ali parecia ser um restaurante e fomos checar. Era os fundos de um restaurante mesmo. Quando chegamos na frente do lugar, percebemos que era super chique. Disse a eles poderíamos comer ali mesmo, não importava o preço: uma vez na viagem toda, não iria nos quebrar. Só que tinha um problema: estávamos os 3 de chinelos e os meninos estavam de bermuda. O lugar não aceitava que as pessoas entrassem assim ali. Expliquei ao maitre o que tinha acontecido e ele foi falar com o chef para ver se ele nos deixaria entrar assim mesmo. Ele deixou! O restaurante era incrível e foi delicioso. Também foi caro, é verdade. Mas valeu cada euro gasto. Já de volta ao Brasil descobrimos que aquele era um dos melhores restaurantes da Europa. Para nós, até então, era apenas o lugar certo, na hora certa. Isso nos motivou, ainda mais, a deixar espaços para que as coisas fluam, mesmo quando tudo está muito bem planejado.

Nós 3 em Roma. Muitas coisas descobrimos porque não planejamos!

Que 2014 também seja assim para todos nós. Planejado na medida certa e aberto para o novo.


segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

O próspero fluxo da vida. Conecte-se a nele e abra-se para o novo.

Na semana passada íamos falar sobre a resistência dos homens às mudanças. A escolha era uma resposta à quantidade de comentários e contribuições que tivemos quando falei sobre esse assunto no meu timeline do facebook; mas eis que o destino agiu novamente: eu não consegui abrir o tema da semana como tenho feito toda segunda-feira. Tentei dar uma de superwoman e realizar mais essa tarefa sem sucesso quando a Isabela, delicadamente, me cobrou o texto e o tema. Nesse momento decidi que não ia controlar tudo e disse: abra você a semana, o tema é livre. 

Assim o tema mudanças tomou conta da semana graças ao movimento que a própria Isabela está vivendo. O comentário de uma amiga me lembrou o post que tinha feito final do ano passado sobre a energia que reinaria neste ano de 2013: ano da serpente. Veio com isso a necessidade de falar sobre a Coragem para ancorar a mudança que queremos fazer. Desta forma orgânica o tema mudança se instalou e o blog cumpriu sua missão de informar e chamar às pessoas a refletir sobre seu momento de vida.

Creio muito neste fluxo energético. Na realidade me treinei para acreditar. Para não querer controlar tudo, planejar demais. Tudo em excesso, acredito, é destrutivo. A falta de planejamento gera desperdício e perda de foco. O excesso corta o fluxo natural da vida que é mais próspero do que a nossa mente é capaz de pensar e imaginar. Me considero persistente e decidida. Trabalho bastante e gosto disso. Mas o treino no Sentir, me ajudou a saber identificar o momento exato que devo parar de insistir em algo. O momento em que devo me abrir para o novo, para o não planejado. E tal qual o waze, recalcular a nova rota. Nesse momento uso a mente, o intelecto, para tirar o maior partido do momento com as novas configurações. E vou levando a vida, me abrindo para o novo, recalculando rota, me abrindo para o novo, recalculando rota. Não sofro com as metas de curto prazo não alcançadas quando a nova rota continua me levando para meu destino maior. Hoje eu sei que nesse novo caminho surpresas virão que tornarão a minha viagem mais rica e interessante.

Nunca surfei mas creio que o surfista deve fazer isto com maestria. Ele não decide como o mar estará mas sim como fazer o seu melhor com o mar que está ali. E num momento mágico ele é também mar, também onda, somando forças, fazendo um balé lindo e glorioso. Para construir essa harmonia é preciso antes de mais nada, Sentir. Sentir-se. Interiorizar. Depois estar atento ao todo, aos sinais. É estar onde se está, o famoso estado Zen. Sair do automático.  

Como disse o professor de Yoga no final de semana: "yoga não é performance, é atenção na ação". Fique atento a você e ao mundo que não para de enviar sinais. 

Boa semana!


sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

A matemática das mudanças!


Não sei se foi porque acordei com a história do dia 13 na cabeça, mas passei o dia pensando em números. Fiz umas contas bem por cima que me surpreenderam.Por exemplo: eu passei meus últimos 8 anos trabalhando numa empresa, que nunca se mudou. Isso significa que foram quase 2.000 dias da minha vida passando pelos mesmos lugares. Devo ter entrado no elevador e apertado o número 17, andar da firma, pelo menos, umas 6.000 vezes. Almocei num mesmo restaurante, pelo menos umas 500 vezes. Fui ao mesmo banheiro umas 20 mil vezes (tomo muita água e faço muito xixi). Fui gostando da brincadeira e aprimorei um pouco: fiz, por baixo, uns 1.500 briefings (teve épocas, anos atrás, que chegava a fazer uns 8 por dia!).Devo ter respondido, por baixo, uns 20.000 emails. Comecei ganhando x (quando fui lá apenas para fazer um projeto de 3 meses de duração) e acabei como diretora, com salário 5 vezes maior do que o x do projeto inicial. Recebi mais alguns xx de bônus. Devo ter falado as palavras bom dia, obrigada e por favor – somadas todas – umas 40.000 vezes. Andei bem uns 700 quilômetros entre a garagem e a minha mesa. Fiz mais e mais dessas estimativas, mas creio que já é o suficiente para ilustrar. 

Então constatei: e agora só me restam mais 3 dias. O menor dos números de todas essas contas! Frio na barriga! Medo! Quase congelei! Estamos falando de mudanças esta semana no fim das contas e aí, me pego com esta afirmação. É estranho. Fico me perguntando o que faço no dia em que não tiver as referências que passam pelo meu olhar diariamente. As mesmas paisagens, os mesmos rostos, a mesma rotina! Que coisa louca esta sensação de falta. 

Mas aí mudei o foco. Espera! A paisagem mudou sim. Eu é que não me dei conta. Veja: eu vi a ponte estaiada ser construída. Cada bloco de concreto que foi colocado ali, eu acompanhei. Vi a favela do jardim edith pegar fogo duas e depois vir abaixo. Vi o residencial popular que foi construído ser erguido tijolo a tijolo e agora, mais recentemente, acompanho cada concreto do monotrilho. Vi lojas e restaurantes fechar e abrir as portas no centro comercial que tem embaixo do prédio. Vi amigos e conhecidos irem embora. 

Então entendi que o fluxo tem que seguir e nada mais me resta a não ser ir com ele. Com o coração grato, a alma limpa e feliz porque a mudança me permite a renovação do olhar: externo e interno. Dá medinho, lógico, mas lá vou eu!
Foto da Ponte Estaiada já pronta (tirada de dentro meu carro)

O Jardim Edith demolido

O monotrilho pelo retrovisor do carro

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Coragem! aproveite o ano da serpente para fazer a mudança que já existe dentro de você

Pode ser que você não acredite em horóscopos e ainda sabendo que é chinês, faça menos sentido para você; mas você deve ter sentido que este ano a vida tem te empurrado a decidir. Especialmente a decidir sobre cortes que farão tua vida tomar outro rumo. Estou errada?



Se você tomou essas decisões é bem provável que você esteja atravessando o que eu chamo de "limbo do novo". Esse estado sem rumo e o que é pior, sem saber o que fazer, como agir, é um momento muito delicado e perigoso. Perigoso porque se você deixar que o medo se instale você irá voltar correndo ao caminho - e forma - antiga de ser. Atenção! Por algum motivo usamos as mesmas ferramentas e formas que nos levaram a crise para lidar com o medo do desconhecido. Fazemos mais do mesmo que nos levou ao ponto de estrangulamento. Parece irracional, mas não, é exatamente o contrário: muito racional. A mente só usa o conhecido para lidar com a realidade, por isso ela vive, de certa forma, no passado. 

Antes de querer voltar ao modelo antigo reflete se tudo aquilo que você passou nos últimos meses ou anos não merecem você continuar com coragem em direção ao novo. E a dica é essa: coragem. Coragem vem de core que tem como base a mesma raiz de coração.  Porquê o coração? porque é através dele que temos o sentir, esse sentimento e saber não racional que nos alerta, que nos indica, que até nos grita sobre o que nossa alma quer o que não quer. Pena que especialmente desde o Iluminismo a gente tenha aberto mão desse saber tão especial, lúcido e sábio. 

O sentir sabe. O sentir sente. O sentir não usa o passado como referência. Usa o saber interno para te alavancar e te levar com confiança para frente. Isso não significa abrir mão do mental. Aprendi que o mental é um ferramental poderoso para organizar, planejar, resolver questões práticas. É um belo software que nos ajuda a pôr em ação aquilo que o sentir está trazendo. Ambos, juntos, são poderosos. Juntos, são o melhor de nós. Mas é a mente que está a serviço do sentir e não ao contrário.

E se você ainda não decidiu... bom, saiba que quanta maior sua resistência maior a dor. Pode crer. E aqui não estou julgando se você tem direito a tê-la ou não - quem sou eu - mas estou dizendo por experiência própria que quanto mais nos fechamos nas nossas crenças que não servem mais, mais ficamos aferrados a uma história que só nós insistimos em acreditar que ainda está viva, embora ela tenha morrido há um bom tempo. 

Vou dizer uma coisa forte, mas como eu disse anteriormente, aprendi por experiência própria: pode haver bastante teimosia ai. A teimosia de quem sempre se colocou na posição de estar certo e correto, e ganhou com isso uma certa vaidade. Creio que essa é uma das piores situações no ano da serpente. Porque a serpente vem com tudo para nos dizer que no seu ano, não há certezas e que a incerteza e humildade, são o melhor caminho para atravessa-lo. Encare, relaxe, aceite ser vulnerável. A vida fica melhor, mais fácil, mais leve, mais harmônica com seus ciclos. Em fim, no meu entendimento, mais feliz.

Claro, você sempre pode resistir. Livre arbítrio acima de tudo. É um direito seu mas lembre: o ano da nossa curadora serpente acaba em 31 de janeiro de 2014 e ela, poderosa, só volta de aqui a doze anos. Quer viver os próximos doze anos da mesma forma?