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sexta-feira, 23 de maio de 2014

Você é grato?

Hoje fui ver uma exposição no Sesc Pompéia, em São Paulo, do artista francês Christian Boltanski . Na verdade mais do que uma exposição, trata-se de uma instalação, onde ele criou uma cidade, a partir da visita que fez a São Paulo, em que  torres feitas de caixas de papelão, listas telefônicas e cadastros de pessoas fazem as vezes dos edifícios. No meio desse espaço, há uma lâmpada que representa o coração das pessoas que habitam essa cidade, num piscar sincronizado com o som captado do coração dos próprios visitantes e de dentro das caixas de papelão que simulam prédios saem vozes que são depoimentos de pessoas que adotaram São Paulo como a sua cidade. Gente do mundo inteiro, que são apenas vozes, mas que quando você se aproxima e presta atenção, tornam-se histórias ricas e únicas. 

A palavra que mais ouvi foi gratidão. Cada um daqueles "paulistanos estrangeiros" contou sua experiência a respeito da chegada e da vida na cidade. Algumas experiências mais felizes e outras menos, como tudo na vida. Mas de um jeito ou de outro a gratidão pelo acolhimento da cidade estava presente. Sei do que se trata: também tenho uma gratidão enorme por esta cidade. 


Então fiquei refletindo sobre este sentimento: gratidão. Nos dias de hoje, agradecer é algo cada vez mais raro. Imagine, então, ser grato. A sensação que eu tenho é que as pessoas estão sempre esperando que você faça algo por elas e, isso, nada mais é do que a sua obrigação. Tenho a impressão que as pessoas nem pensam mais nisso.

Eu gosto de ser grata. Gosto de agradecer, gosto de lembrar das gratidões do passado, pois, para mim, é renovador. Mas quero contar a história de uma grande amiga, minha sócia, inclusive. Anos atrás ela perdeu um emprego muito bom de executiva de uma grande corporação. A vida dela virou de ponta cabeça e foi exatamente nesta época que eu a conheci. Eu estava com uma vaga na agência em aberto, porém era um cargo muito abaixo ao dela. Mas algo me dizia para oferecer e assim fiz. Ela aceitou e lá ficou comigo por alguns bons meses até se recolocar num outro lugar, mais próximo da sua experiência. 

Desde então, e lá se vão mais de 13 anos, ela não esquece desta “mão" que demos a ela. Eu sempre digo, e é verdade, que não foi mão nenhuma, pois eu não abri uma vaga para ela, eu tinha a vaga. E ela desempenhou com muita dedicação e amor o trabalho. Foi bom para ambas as partes, como um contrato de negócios tem que ser. 

Agora eu estou vivendo momentos de aperto. Não como os dela, naquela época, mas minha decisão de deixar por algum tempo o mundo corporativo, trouxe alguns impactos financeiros na minha vida. E, entre outras frentes, hoje tenho uma pequena sociedade com essa amiga. Aos poucos, vamos colhendo os frutos de um trabalho que temos muito amor em fazer. Pois não é que ela veio me falar, de novo, sobre a gratidão que ela tinha do passado e que agora era hora de retribuir? Disse novamente a ela que tinha sido um negócio, mas, a verdade, é que no coração dela, aquela oferta de trabalho, salvou sua vida- e não estamos falando em dinheiro. Estamos falando de autoestima, de valorização e de se sentir bem. No seu coração toda esta gratidão vem daí e é muito bonito ver como ela  expressa continuamente este sentimento latente.


Você tem gratidão no seu coração? Que tal a reflexão a respeito disso neste fim de semana?

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Receita básica: muito respeito, pouca expectativa


Entre os valores mais profundos, para mim, o respeito tem um papel fundamental. Respeito pelo outro, pela vida, pelos animais, plantas. Repeito, enfim, de uma forma geral, completa, absoluta. Entendo também, que dentro de respeito está tratar as pessoas bem, com dignidade, dar atenção, ouvir o outro e ter aceitação a pontos  divergentes aos seus.


Às vezes fico chateada porque gostaria que as pessoas me tratassem com o mesmo respeito que eu as trato, mas aí, sempre me lembro que, esperar algo do outro, se chama expectativa e, tento, seguir sendo uma pessoa que respeita o outro, mas não espera o mesmo tratamento de volta. Muitas vezes, só tento, mas não consigo e me vejo inundar por mágoas. Especialmente quando se trata de amigos. 

Acredito que a base da amizade está no respeito. Para mim, amigo é sinônimo de respeito. Mas, muitas vezes, em nome da tal “intimidade" vejo que as pessoas deixam o respeito meio de lado. 

Te pergunto: se o seu amigo te liga e você não pode atender, você liga de volta? Se ele te diz que está precisando de ajuda, você se dispõe a ajudar na mesma hora? Se ele está com problemas, você se aproxima dele, na tentativa de amenizar um pouco o fardo?

Pois é dessas coisas que estou falando. Já me chamaram de boba, de ingênua por conta disso, mas eu não acho. Esta semana, estamos propondo alguns exercícios, para tentarmos manter nosso valores essenciais mais aquecidos. 

Uma forma de fazer isso é pela consciência. Funciona assim: peqgue um dos seus valores e, me torno consciente dele  durante um dia inteiro. É verdade que preciso diversas vezes, ao longo do dia, me lembrar que estou tentando observar, plenamente consciente, o valor escolhido. É muito interessante e perturbador ver o quanto é fácil nos distanciar. 

Sugiro que você olhe hoje, com muita consciência, para um dos seus valores e exercite-o. Hoje, como você deve ter notado, estou exercitando o respeito e já percebi tanta coisa! É muito bom nos mantermos dentro do que verdadeiramente somos!

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Na copa não imagino, mas depois, quem sabe!

Quando a Nany lançou o tema da semana, só conseguia pensar na Copa. Resisti muito ligar um assunto ao outro, mas não teve jeito. 

Ontem estava no aeroporto de Curitiba e na fila para despachar a bagagem fui abordada por uma repórter de um canal de TV. Ela queria saber o mesmo de sempre: se as obras da Copa no aeroporto ajudava ou não ajudava, se estava melhor ou pior. Apesar de ser muito otimista, na hora da entrevista, reclamei. Depois, já na sala de embarque, me arrependi. Não gosto de falar mal do Brasil. Eu nasci aqui, eu sou patriota, eu ganho dinheiro aqui, enfim, eu amo o meu país. Também quero que tudo dê certo: a copa, a economia, os visitantes tendo uma boa experiência. Por que eu iria querer passar pelo constrangimento de mostrar um cenário feio do Brasil para o mundo inteiro? 

Acredito que a maioria dos brasileiros pensa assim, mas reclama. Porém tem uma coisa que me parece diferente desta vez: não vejo euforia. Não vejo todo mundo louco, só pensando na Copa, esquecendo que é preciso continuar vivendo. É aqui que ligo o assunto ao nosso tema: sinto que estamos evoluindo também como nação. Não estamos mais nos enganando tanto e acreditando que o futebol e alegria do povo e o resto não importa. Claro que este é um movimento, como qualquer outro, que anda devagar, cheio de altos e baixos, mas também estamos seguindo em frente. 

Por fim entrei no avião com a sensação de uma coisa que aparentemente foi ruim para o Brasil, no fim das contas, vai deixar um legado bom. Estamos ficando mais realistas, mais prontos para não nos deixar enganar e se iludir. E como bom brasileiros que somos, sempre seremos apaixonados por futebol, porém, este será só o nosso esporte favorito e, não, o que mais importa. Espero que o meu otimismo se torne realidade. Eu creio nisso.