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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Repensando o mundo

Contribuir com a reflexão embasada no conhecimento é o que nos fez criar este blog e o que me move a criar novos projetos, como o Projeto Uno, atualmente em campo, que capta os sentimentos e os movimentos da sociedade brasileira.

Refletir para pensar e agir, é o caminho que escolhi para viver e evoluir. Por isso quando Otávio Dias, meu amigo de muitos anos, começou a me falar sobre o ideia de criar um grupo de repensadores, tudo fez sentido. Os Repensadores tem o propósito de reunir pessoas com expertises em diversas áreas para trocar, criar, aprimorar e contribuir. 

Assim como nosso blog, Os Repensadores está crescendo e encontrando a forma de se expressar. Esta semana entrou no ar seu novo site. Conheça e aproveite as ideias. Ideias como estas devem prosperar. 

Abaixo conto um pouco quem eu sou, o que move e do meu trabalho com os Movimentos Humanos.  Espero que curta.



terça-feira, 25 de junho de 2013

Princesas Casam-se com Príncipes. Ou não!




O filme não é exatamente novo, mas serve como referência: Encantada é a história da princesa Giselle que foi banida por uma rainha malvada do seu mundo de conto de fadas. Com isso ela acabou chegando a Manhhatan de hoje, um local completamente diferente para ela. Confusa, ela acaba ajudada por um advogado, Robert, que cria sozinho sua filha. Os dois se apaixonam, mas Giselle já está prometida para o príncipe Edward que decide vir atrás dela. O filme, como toda produção da Disney, é muito bem feito e gostoso de assistir. Porém o mais legal e muito apropriado para refletir é que a parte em que Giselle está no seu reino encantando é desenho animado e quando ela chega a Manhattan é filme, com atores reais, cenas reais, etc.


Descobri este filme por indicação de uma amiga, 10 anos mais jovem do que eu. Uma mulher bonita, segura de si, independente, que sabe o que quer. Ela me disse, não lembro exatamente o contexto, que já havia assistido Encantada algumas vezes e que simplesmente amava história de princesas e seus príncipes encantados. Surpresa com esta afirmação perguntei, meio na brincadeira, se ela também procurava por um príncipe. A resposta dela foi ainda mais surpreendente:

“É claro que eu procuro. Espero. Quero. Vou ter um”. E ela disse de uma forma tão radiante e feliz que não pude achar que ela não estava certa de que era isso mesmo que ela queria.


Desde então passei a ter um olhar mais observador sobre o que as mulheres realmente desejam de um companheiro e especialmente sobre suas expectativas em relação ao parceiro ideal. Tenho muitas outras amigas que embora não tão contundentes de afirmar que buscavam sim, por um, digamos homem perfeito, príncipe mesmo, estavam fortemente se debatendo por isso. Muitas aliás, ainda estão. Eram poucas as que já tinham encontrado o homem ideal. A maioria, ou não se interessava pelos pretendentes (muitas inclusive, veja só, porque eles tinham defeitos terríveis como ligar demais, ser carinhoso demais, ser protetor demais, ser atencioso demais). Outras, reclamam o tempo todo dos seus parceiros já conquistados.

Eu mesma, tenho que admitir, também me encaixava neste perfil. Durante anos me iludi com esta busca do homem perfeito, inteligente, másculo, que me protegesse de todos os perigos desta vida e talvez até de uma vida de conto de fadas que jurava que teria um dia ao lado dele.

Foi pela dor que descobri que o meu homem perfeito era bem mais humano do que o meu imaginário poderia criar. Foi preciso um amor muito maior do que eu imaginava que poderia ter para desconstruir todas as verdades absolutas que tinha a respeito deste homem. 

E muito mais poderoso do que isso: foi preciso um exercício quase que diário da minha parte, para fazer com que este homem se sentisse em paz ao meu lado. Afinal, eu sabia fazer tudo: ganhava meu dinheiro, me sustentava, usava a furadeira, resolvia todas as pendências da minha casa, criava um filho, tinha opiniões sólidas sobre todo e qualquer assunto e era dona da verdade. Qual a utilidade daquele homem? Tive que criar o hábito de ser um pouco menina, um pouco mulherzinha, ceder um pouco de espaço para que ele pudesse ter seu lugar na nossa relação.

Conheço inúmeras histórias de mulheres iguais a mim. Assim como conheço muitas que ainda reinam na terra do príncipe encantado e seu cavalo branco, totalmente irreal.

E quanto a minha amiga, aquela que não teve medo de me dizer que procurava pelo príncipe? Pois esta encontrou alguém que a complementa, que é tão forte quanto ela, mais experiente, mais vivido. Estão indo embora do Brasil por um tempo. Ele, aliás, nem brasileiro é. Ela vai virar cidadã do mundo como ele é e ambos vão ter lindas histórias para contar. Acredito que só agora entendi o que ela chamava de príncipe encantado: um homem que fosse um companheiro para toda a vida.

E você? Procura por que tipo de relação? Que tipo de homem? E faço a mesma pergunta aos homens: vocês procuram que tipo de princesas?
Ah, e a Giselle, a princesa de Encantada, também descobriu quem era o príncipe ideal para ela, mas não posso contar aqui porque vai que alguém não assistiu o filme ainda e tenha se interessado em ver?

Quer relembrar ou saber mais do filme citado aqui? Um caminho é este aqui http://www.adorocinema.com/filmes/filme-114729/



quinta-feira, 20 de junho de 2013

As crenças que nos guiam ainda fazem sentido para nós?















Como humanidade viemos sedimentando, por milênios, crenças do que era certo e do que era errado. De tão fortes elas não só nos pareciam verdadeiras, como nem as questionávamos. De tão reais elas tomaram até forma física que formataram a nossa forma de ver o mundo e nossas avaliações sobre quase tudo: o que é bom, o que é ruim, o que é bonito, o que é feio, o que é doce, o que é amargo, o que é fraco, o que é forte e por aí vai.

Há séculos que essas crenças estão sendo questionadas, porém como a massa que seguia o modelo absorvido era maior, os questionamentos foram reprimidos, embora cumpriram sua função ao colocar esses questionamentos aos poucos, no nossos corações e mentes.

Só para considerar a história moderna e recente, as duas Guerras Mundiais trouxeram mudanças significativas para a humanidade, entre elas, a saída das mulheres do espaço privado e reservado - o lar - ao qual estavam restritas, por vontade própria ou não, para irem às fábricas costurarem uniformes. As guerras acabaram e elas nunca mais voltaram para casa.

Focando nos aspectos da identidade feminina e masculina, tema principal do nossos estudos dos Movimentos Humanos, essa invasão territorial das mulheres dentro do espaço público contribuiu em muito, à quebra de crenças estruturais que regiam as nossas verdades. 


Como por milênios acostumamos a nos sentir seguros através dos condicionamentos externos, a quebra de crenças estruturais abalaram nossa segurança e trouxeram o medo para nossos corações: não sabemos mais o que é certo nem o que é errado. 



É um momento delicado, difícil, dolorido. Muitas coisas que a gente dava valor e até lutou por elas serão, ainda, realmente verdadeiras dentro de nós? O momento para muitos é de fragilidade. Porém, não aprendemos a ser frágeis. Não é valorizado ser frágil. Na insegurança e instabilidade, o medo se instala.


Quando o medo se instala, um caminho confortável é voltar ao passado, na busca de referências que nos acalmem. Procurar os parâmetros que nos digam o que é certo, o que é errado. Sob esta ótica, religiões, crenças e doutrinas que nos dizem para 'retomar' o que foi perdido e nos oferecem modelos formatados do que é certo e errado socialmente, crescem. No medo, a volta ao passado é o caminho mais sedutor e fácil de seguir, seja pela insegurança, seja pela nossa rigidez que evita abrirmos mão das nossas crenças e nossas verdades.

Para outros, o caminho é ficar no limbo. Acuados, sem saber como lidar com a nova realidade. Voltar ao passado não faz sentido, porém o novo tampouco faz tanto sentido assim. Não estamos tão convencidos dele. Para podermos viver com certa tranquilidade muitos de nós optamos pelo caminho do 'politicamente correto', mas não necessariamente essa atitude e comportamento refletem um sentimento genuíno interno de aceitação do novo. Até nesse momento somos massa, agimos como massa.

Para outros de nós ainda, geralmente poucos, cabe a aventura do novo. É o caminho mais difícil e solitário; mas, provavelmente mais curador. Na experiência há conhecimento, e com conhecimento e experiência, temos como ganho o reconhecimento do que é verdadeiro dentro de nós. Se abrir para o novo significa conhecer novidades, se colocar na posição de aprendiz, deixar que o novo seja uma real possibilidade. Se permitir deixar, com amor, para atrás, crenças até então estoicas.  


Estamos num momento especial da humanidade. Acreditamos que seja um dos poucos em que exista informação e conhecimento disponível suficiente para cada um de nós decidir quais são as crenças que vamos seguir: as que vem do passado? as que se mostram futuro? ou vamos olhar para dentro, para nossa essência, para nosso Sentir, e decidir as crenças que estejam mais alinhadas com o nosso ser e nos permitam viver a vida mais genuína e autêntica que nos seja possível, num mundo em sociedade?

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Movimentos Humanos em Palavras



No início deste ano Nany Bilate, idealizadora deste canal, gravou um depoimento para a Rede de Repensadores. As palavras dela definem a ideia central do Movimentos Humanos e o que nos impulsiona a trilhar este caminho. O conhecimento nos leva a agir. Assista o vídeo e compartilhe conosco como esta visão mexe com você.