sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Meditar no Himalaia é fácil




A dica para este fim de semana é meditar! Antes que você torça o nariz dizendo que isso é coisa de gente que abraça árvore, que tal ler a proposta até o fim? Muitas pessoas nem cogitam a meditação, especialmente no mundo ocidental, porque simplesmente criou-se o estereótipo de que meditar significa desligar completamente a mente e entrar num estado elevado de consciência, quase a iluminação. Esqueça isso. Não serve para a maioria das pessoas. Eu sempre brinco que “ser zen meditando nas montanhas do Himalaia é fácil, mas quero ver ser zen aqui no dia a dia, na pressão, trânsito, correria, etc etc etc”.

Nas minhas andanças em busca do autoconhecimento já me meti em muitos tipos de meditação: meditações ativas do Osho que faz você cansar o corpo para depois acalmar a mente. Meditações ligadas a yoga como a que você fica por alguns minutos olhando a chama de uma vela e depois fecha os olhos e encontra (literalmente) a chama dentro de si. Meditação dos budistas em que você fica andando vagarosamente sentindo cada pedaço da sola do seu pé tocar o chão. Já comprei CDs, DVDs, baixei aplicativos no tablet, livros de meditação.

Todas as experiências foram válidas e me ensinaram algo, mas o maior aprendizado é que, neste assunto, simplificar é o melhor caminho. Sentar num canto calmo em  casa por 5 minutos, colocar uma música relexante e tentar ficar atento a sua respiração, muitas vezes, pode ser mais benéfico do que ficar pulando por 40 minutos antes de sentar e acalmar a mente. Aliás, pode ser até menos do que 5 minutos.

Selecionei alguns caminhos para você tentar fazer disso algo agradável e não um suplício. Mas o importante é lembrar que é quase impossível se livrar de todos os seus pensamentos, portanto, não brigue consigo mesmo. Deixe que venha, mas deixe que vá também. O segredo está aqui: não se concentre em nada que chegue à mente. Eu tenho uma técnica própria para isso: quando vejo que minha cabeça começa a me jogar pensamentos, imagino que são passarinhos e vieram comer alpiste, então digo: pegue um pouco de comida e vá embora. Além disso já percebi que tem dias que é mais fácil relaxar do que em outros. Aceite isso e pronto. É como jogar futebol ou qualquer outro esporte: sua performance não é sempre a mesma, mas o treino aprimora a técnica.

Então vamos lá:

1)   Meditação em um instante: trata-se do vídeo abaixo, que circula muito na internet. É bem simples e ele te conduz a meditar por exato UM minuto. Pronto, acabou.




2)   O Livro das Meditações (de Gilda Telles, Publifolha): são 40 práticas meditativas, com explicações claras e objetivas sobre o surgimento e o significado de cada uma delas. No mínimo você vai aprender algo novo.







3)   Meditação da vela: não precisa de nenhuma frescura. Pegue uma vela comum, acenda, sente-se confortavelmente diante da chama (apoie as costas se for preciso) e simplesmente olhe para a parte mais azul da chama. Por quantos minutos conseguir (entre 1 e 5 minutos é mais do que suficiente, marque num timer que possa lhe avisar que o tempo indicado já passou). Tente piscar o mínimo possível. Depois disso fecha o olhos, e a imagem da vela estará reproduzida (literalmente) na altura dos seus olhos. É muito fácil encontrar, pois nada mais é do que o registro dos seus olhar para a mente. Fique com essa imagem enquanto ele estiver ali (dura cerca de um minuto).





É isso. Começando devagar, sem grandes expectativas, aos poucos você vai conseguir ampliar seu tempo meditativo e vai sentir os efeitos que isso vai lhe trazer. A melhor técnica vai te encontrar, não se preocupe.

Um fim de semana meditativo e relaxante para todos nós.


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